O juiz das execuções Penais da comarca de Sousa, Dr. José Normando Fernandes determinou na manhã desta terça-feira (20) o afastamento de dois policiais militares dos serviços de rua prestados através do Grupo de Choque do 14º Batalhão da Polícia Militar de Sousa.
A decisão do magistrado provocou reações dentro da PM. O tenente Tiago Feitosa, comandante do Grupo resolveu entregar o cargo (sem remuneração) ao major Manuel Dedeu Neto, comandante do Batalhão. Os demais integrantes agiram da mesma forma.
Diante da falta de policiais para seguir o trabalho, o major Dedeu resolveu empregar os soldados, cabos, sargentos e tenentes no trabalho de rua. Ele garantiu que com a vacância do Choque, mais duas viaturas serão distribuídas para agir nas rondas pelas áreas urbana e rural de Sousa.
Trabalho interno
Ao determinar o recolhimento dos policiais ao trabalho interno no Batalhão, o juiz levou em conta o pedido feito pelo Ministério Público. Em sua petição, o promotor Manoel Pereira de Alencar “requereu o recolhimento ao trabalho interno, ante a gravidade da conduta praticada durante o tramite regular do processo”.
O caso a que se refere o Ministério Público é um procedimento em que os dois policiais respondem pela morte do ex-presidiário José Ferreira de Oliveira, mais conhecido como Dedé Maguinho, fato ocorrido por volta das 5h00 do dia 20 de agosto de 2009.
Dedé foi morto a tiros no interior da casa dos pais, localizada no bairro Alto do Cruzeiro. A PM, no entanto, alega que entraram na casa porque escutaram tiros em direção aos militares que reagiram da mesma forma.
O juiz José Normando Fernandes, ao aceitar o pedido do promotor, marcou uma audiência com os acusados para o próximo dia 13 de maio, bem como encaminhou o oficio ao comando do 14º BPM comunicando o teor da decisão.
Repercussão
O fechamento do Grupo de Choque, efeito causado pelo afastamento dos militares, provocou reações junto a sociedade sousense através dos veículos de comunicação.
Membros de vários segmentos civis e a população em geral deram opiniões divergentes sobre o caso.
Dona Lúcia Caioba, residente em São Gonçalo acha que o Choque agia com agressões durante as operações realizadas. Já o comerciante Fernando Freitas vê um prejuízo o encerramento dos trabalhos do Grupo. “Enxergamos no pessoal uma sensação de segurança, diz ele que trabalha no centro da cidade.
Levi Dantas
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