quinta-feira, 19 de maio de 2011

Conselho Nacional aponta nepotismo no Ministério Público da Paraíba

O Ministério Público do Estado da Paraíba (PM-PB) terá dois meses para atualizar as informações junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) acerca de sete servidores apontados como suspeitos de parentesco que possam caracterizar a ocorrência de nepotismo. A suspeita foi levantada durante inspeção da corregedoria do CNMP realizada em abril do ano passado. O relatório foi divulgado esta semana.


A denúncia de nepotismo foi feita pelo Ministério Público do Trabalho na Paraíba. Na época da inspeção, em análise dos registros de servidores feita por amostragem, a equipe do Conselho verificou a existência de 19 servidores em situação de possível nepotismo. Segundo informações prestadas pelo procurador-geral de Justiça na sessão, os servidores em situação irregular já foram dispensados. O CNMP irá aguardar a remessa de informações sobre o assunto, num prazo de 60 dias. Além disso, o MP-PB deverá realizar, no prazo de 90 dias, amplo levantamento sobre o tema, para verificar outras eventuais situações de nepotismo no quadro funcional.


A corregedoria também identificou um excesso de profissionais da saúde nos gabinetes médicos e odontológicos. “Corroborando com o excesso detectado, promovemos devoluções dos profissionais lotados naqueles gabinetes aos seus órgãos de origem, totalizando quatro odontólogos e três médicos. Constam da instituição seis profissionais odtonólogos e quatro médicos. Todos os profissionais que permaneceram são do quadro efetivo, ficando apenas um odontólogo e um médico requisitados, em razão de suas especialidades”.


Outros pontos levantados pelo CNMP foram os seguintes:


Falta de promotores – Foi constatada a existência de grande número de cargos vagos no MP/PB. Aproximadamente 77% dos cargos de promotor de Justiça de primeira entrância e 19% de segunda entrância estão vagos. De acordo com o relatório, o problema é mais grave no interior e a situação “compromete o atendimento da população mais carente”. O Plenário decidiu recomendar ao procurador-geral de Justiça prioridade na realização de concurso público para preenchimento dessas vagas.


Acúmulo de processos - A equipe de inspeção encontrou 2.106 processos pendentes de manifestação na Assessoria Técnica do procurador-geral de Justiça. O Plenário deu prazo de seis meses para regularização dessas pendências, sob pena de recebimento da informação do relatório como Representação por Inércia ou Excesso de Prazo. O procurador-geral de Justiça recebe em média 350 processos por mês, ao passo que a média mensal de distribuição para os procuradores de Justiça é de 47 processos. O CNMP sugere a realização de estudos, a serem conduzidos pelo PGJ, para solucionar a questão, considerando a possibilidade de delegação de algumas de suas funções para os procuradores de Justiça.


O CNMP também decidiu recomendar ao PGJ elaboração de proposta para modificar a sistemática de vinculação das unidades do MP às do Poder Judiciário, a fim de racionalizar a atuação do MP nas áreas de maior repercussão social, entre outras medidas para sanar o problema do acúmulo de processos.


A inspeção verificou ainda acúmulo de serviço em quatro Promotorias de João Pessoa (Defesa dos Direitos do Cidadão; Defesa do Meio Ambiente; Tutela dos Direitos da Saúde; Central de Acompanhamento de Inquéritos) e duas de Campina Grande (Partrimônio Público e Promotoria de Justiça de Fundações). Por determinação do CNMP, a Corregedoria-Geral do MP/PB deverá realizar correição nas promotorias, para sanar o problema. O prazo é de 120 dias.


Residência fora da comarca, magistério e relatórios – A inspeção constatou que a Corregedoria-Geral do MP/PB não verifica o exercício do magistério e a residência fora da comarca de forma periódica. Por determinação do CNMP, a Corregedoria-Geral deverá realizar amplo levantamento sobre os dois assuntos, no prazo de 90 dias.


Há problemas na entrega dos relatórios de atividade funcional dos membros à Corregedoria-Geral do MP/PB. Em janeiro de 2010, 52.29% dos promotores e procuradores entregaram o documento; em fevereiro de 2010, foram 67,2%; em março de 2010, 50%. O CNMP determinou que a Corregedoria-Geral fiscalize a entrega dos relatórios, adotando as providências cabíveis contra membros que descumprirem a regra, prevista em Lei Complementar.


A inspeção encontrou dois processos administrativos disciplinares tramitando na Corregedoria-Geral do MP/PB há vários anos (desde 2005 e desde 2008). A informação foi recebida pelo Plenário do CNMP como representação e, por decisão unânime, serão instaurados processos para eventual avocação dos dois PADs.


Gestão administrativa e pagamentos - O Plenário determinou abertura de PCA para apurar a legalidade do pagamento da Rubrica 68 (conversão de licença prêmio em pecúnia a membros e servidores), autorizado por resolução e já suspenso, conforme informações do PGJ, e da Rubrica 156 (vantagem pessoal)


Há pagamentos de adicionais de insalubridade a servidores sem a prévia realização de perícia ou laudo médico. O MP/PB terá 30 dias para fazer o levantamento médico-pericial das situações de insalubridade e averiguar a regularidade dos pagamentos.


O MP/PB terá de aprimorar mecanismos de controle interno relativos à telefonia móvel e editar ato obrigando membros e servidores a prestar contas de gastos em virtude de recebimento de diárias. Segundo o PGJ, as normas sobre diárias estão prontas para serem apresentadas ao colegiado do MP/PB para aprovação. O Plenário também decidiu recomendar a adoção de medidas administrativas para dar mais transparências aos gastos do órgão.


A sessão foi acompanhada pelo procurador-geral de Justiça do MP/PB, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, que prestou esclarecimentos sobre as providências já adotadas pelo órgão para sanar os problemas. Segundo o corregedor nacional, conselheiro Sandro Neis, comparando o quadro na época da inspeção com a situação atual do MP/PB, é possível perceber “evolução significativa da instituição, com avanços visíveis”. “As deficiências, se não foram superadas, já são objeto de discussão e planejamento de ações por parte do Ministério Público da Paraíba, o que é muito positivo”, completou.



Ascom MPTPB

MPE pede cassação de Prefeito e Vice de Paulista acusados de crime eleitoral

O Ministério Público Eleitoral da 31ª Zona emitiu o seu parecer que opina pelo pedido de cassação do Prefeito da Cidade de Paulista, Severino Pereira Dantas e de seu vice, Severino Moura de Lima, acusados de captação ilícita de sufrágio nas eleições de 2008.

De acordo como parecer do MPE, os eleitos cometeram o crime de captação de ilícita de sufrágios, a famosa compra de votos, mas afasta o abuso do poder político e econômico por parte dos gestores.

A referida ação eleitoral foi movida pelo segundo colocado nas eleições de 2008, Carlos Alberto Soares de Oliveira, o popular Carrinho, que perdeu as eleições por apenas 48 votos de maioria.

Vale salientar que o parecer do Ministério Público precisa ainda ser referendado pelo juiz eleitoral, o que só será conhecido com o resultado da sentença, que não tem dia e hora para ser apresentado.

Se for julgada procedente, ainda cabe recurso junto ao TER da Paraíba, já que é praxe a concessão de liminar.


Redação

Justiça Federal determina que Receita Federal conceda parcelamento de debitos e Prefeitura de Sousa terá nova CND

Depois de muita polêmica e de denuncias por parte da oposição que dia a dia pregava que a Prefeitura de Sousa não conseguiria uma Nova CND – Certidão Negativa de Débito, a Justiça Federal determinou a Receita Federal em Sousa que conceda imediatamente um parcelamento dos débitos, pois, a atual gestão teria todas as condições de propor tal parcelamento, o que não havia sido concedido administrativamente.

Em Sua decisão, o juiz da 8ª Vara Federal determina que o parcelamento seja concedido de forma imediata, sob pena de multa diária e ainda, caso necessário, ordem de prisão.

Confira abaixo teor da decisão da Justiça extraído do próprio site da justiça Federal.


19/05/2011 14:04 - Decisão. Usuário: MIR
III - DISPOSITIVO

Ante o exposto:

a) acolho o pedido, para determinar à autoridade competente do órgão local da Receita Federal do Brasil, que realize o parcelamento ordinário do crédito tributário, representado na CDA n. 36.976.322-0, nos moldes da Lei n. 10.522/2002 (art. 10 e ss.), vinculando o pagamento das parcelas mensais ao regime de retenção e bloqueio de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), previstos na Constituição Federal e na Lei n. 8.212/91, conforme delineado no item II.3 da fundamentação retro;

b) igualmente, DETERMINO à autoridade responsável do órgão local da Receita Federal do Brasil que expeça a certidão positiva com efeitos de negativa em favor da edilidade (art. 206 do CTN), no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de imposição de multa diária e instauração de inquérito policial, assim como apuração de ato de improbidade administrativa, mediante representação dirigida ao Ministério Público Federal, sem prejuízo de possível ordem de prisão por crime de desobediência/prevaricação.

Após as providências administrativas acerca do parcelamento do crédito da CDA n. 36.976.322-0, o Município de Sousa deverá coligir aos autos cópia dos documentos comprobatórios da regularidade do parcelamento fiscal, para fins de análise da suspensão da exigibilidade, nos termos do art. 40 da Lei de Execução Fiscal.

A Secretaria providencie imediatamente as intimações necessárias, direcionadas à UNIÃO, ao órgão local da Receita Federal do Brasil e ao Município de Sousa-PB.


Cumpra-se com urgência.
Sousa-PB, 18 de maio de 2011.


17/05/2011 13:22 - Conclusão para DECISÃO Usuário: MRU
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17/05/2011 13:20 - Juntada. 2011.0071.004124-1
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11/05/2011 13:13 - Expedido - Ofício - Seção Fiscal - OFF.0008.000074-0/2011
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11/05/2011 00:00 - Mandado/Ofício. OFF.0008.000074-0/2011 Devolvido - Resultado: Positiva
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03/05/2011 15:02 - Despacho. Usuário: APN
(...)

Intime-se a exequente para se manifestar a respeito da exceção de pré-executividade, às fls. 29/40, no prazo de 10 (dez) dias.

Após retornem os autos para decisão.

Sousa - PB, 02 de maio de 2011.


ORLAN DONATO ROCHA
Juiz Federal Substituto no exercício da titularidade da 8ª Vara.



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02/05/2011 10:55 - Conclusão para DESPACHO Usuário: MRU
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02/05/2011 10:53 - Juntada. Petição Diversa 2011.0051.018417-0
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18/03/2011 16:32 - Expedido - Mandado - FIS.0008.000041-8/2011
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30/03/2011 00:00 - Mandado/Ofício. FIS.0008.000041-8/2011 Devolvido - Resultado: Positiva
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14/02/2011 14:12 - Despacho. Usuário: MRU


1. Cite-se o Município nos termos do art. 730 e ss. Do CPC, para oferecer embargos, no prazo de 10 dias ( Lei n. 9494/97 , alterada pela Medida Provisória 2180-35/2001).
2. Não havendo manifestação, inclusive quanto à existência ou não de lei municipal que limite os valores fixados pela EC 37/2002, que independem de expedição de precatório, expeça-se ofício requisitório de pequeno valor (RPV).


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09/02/2011 15:54 - Conclusão para DESPACHO Usuário: MRU
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07/02/2011 15:40 - Distribuição - Ordinária - 8 a. VARA FEDERAL Juiz: Substituto




Mário Gibson
Com informações da Justiça Federal

Notas manchadas devem ser trocadas no banco, diz Banco Central

Em nota divulgada nesta quarta-feira (18), o Banco Central (BC) informou que toda cédula que contiver manchas, rabiscos, símbolos ou desenhos deve ser depositada ou trocada em estabelecimento bancário.

"A população e o comércio devem recusar o recebimento de notas do real marcadas", afirma a nota, em resposta às dúvidas sobre o destino das cédulas manchadas com tinta vermelha. Estas notas são manchadas como forma de combater furtos a caixas eletrônicos.

O BC esclarece que, caso alguma cédula marcada seja recebida inadvertidamente, ela deve ser encaminhada a um estabelecimento bancário, que entregará um recibo a quem apresentou a cédula. A cédula será então encaminhada ao BC para exame e destruição. Caso a nota seja legítima, a pessoa que a apresentou será ressarcida.

G1

Vital propõe encontro com Dnocs para resolver problema dos ribeirinhos de quatro grandes açudes paraibanos

O Senador Vital do Rego (PMDB-PB) vai se reunir nesta quinta-feira (19) em João Pessoa com os diretores e a Assessoria Técnica do Dnocs na Paraíba, para buscar uma solução para as populações ribeirinhas de quatro grandes açudes paraibanos: Epitácio Pessoa (Boqueirão), Coremas – Mãe D’água, Engenheiro Ávidos e São Gonçalo.

Segundo Vital Filho, as famílias que moram nos perímetros destes açudes estão vivendo situações de tensão, em face da indefinição de uma legislação que garanta os seus direitos. “Hoje, a legislação que impera é uma regulamentação do Conselho Nacional do Meio Ambiente, Conama, que é antiga e está em vias de ser substituída pelo novo Código Florestal, que está em discussão na Câmara”, afirmou.

Segundo ele, é necessário que haja o “bom senso” em relação às famílias, que não podem ser prejudicadas por uma legislação que será substituída dentro de pouco tempo. “Como pode, por exemplo, a casa de uma família que mora na região ser derrubada e, pouco tempo depois, a legislação mudar e passar a beneficiar esta família. Aí a casa já vai ter sido destruída. Como ficará esta família?”, questionou Vital.

Segundo a legislação em vigor, as famílias não podem ter residência nas chamadas Áreas de Preservação Permanente - APPs, uma faixa de cem metros a partir da margem dos mananciais. Porém, a legislação em discussão na Câmara prevê que esta faixa seja de 30 e 15 metros. Com isso, há uma determinação do IBAMA e do Dnocs para retirar os produtores rurais que estão estabelecidos dentro das APPs nos parâmetros atuais.

2 mil famílias - “São pessoas que, há anos, moram nas margens dos mananciais, até mesmo antes da definição desta legislação que está em vigor e que já é antiga. Estas famílias não podem, de uma hora para a outra, ser retiradas de suas terras, do lugar de onde tiram os seus sustentos”, disse o Senador, que na semana passada manteve contato com Juraci Júnior, representante dos ribeirinhos do Açude Epitácio Pessoa.

Segundo Vital, moram nos quatro perímetros, atualmente, mais de 2 mil famílias. “Só no Açude Epitácio Pessoa são 513 famílias”. O Senador lembrou que há um Termo de Ajustamento de Conduta feito sem a presença de um representante dos ribeirinhos e que prejudica as famílias. “O que queremos pactuar com o Dnocs é a adoção de medidas administrativas que não possam ser modificadas pela legislação atual, enquanto a nova legislação não entra em vigor”, disse.

Conversa com os prefeitos - Vital conversou nesta terça-feira (19) por telefone com Luis Roberto Sanguinetti, diretor do Dnocs na Paraíba. O Senador adiantou o assunto a ser discutido na reunião de quinta-feira e disse que o diretor foi muito receptivo aos argumentos.

Vital disse também que vai convidar os prefeitos das cidades onde estão localizados os perímetros dos quatro açudes paraibanos para a reunião – Boqueirão, Sousa, Coremas e São José de Piranhas.



Assessoria