terça-feira, 17 de maio de 2011

MPF aciona UVA e Unavida por oferecimento irregular de cursos superiores

Universidade pública do Ceará funciona na Paraíba sem autorização formal e ainda fez parceria com a Unavida, que é privada, para cobrar mensalidades. Ação também é contra o estado e mais 16 municípios.

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública com pedido de liminar contra a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), a Universidade Aberta Vida Sociedade Simples Ltda (Unavida), o estado da Paraíba e os municípios de João Pessoa, Areia, Campina Grande, Conceição, Guarabira, Itabaiana, Itaporanga, Juazeirinho, Lagoa de Dentro, Mamanguape, Monteiro, Nova Floresta, Patos, Pedras de Fogo, Princesa Isabel e Sousa. Na ação, o MPF argumenta que a UVA não está autorizada formalmente pelo estado da Paraíba para ministrar cursos superiores dentro dos seus limites territoriais.

A UVA é uma autarquia mantida pelo estado do Ceará, pertencendo, assim, ao sistema público de ensino desse estado. Em princípio, como é uma entidade estadual, seu campo de atuação está circunscrito às fronteiras cearenses, dentro do qual poderá ministrar o ensino superior. No entanto, em meados de 2000, a UVA passou a ministrar cursos superiores na Paraíba, mesmo inexistindo convênio que autorizasse sua atuação na Paraíba, conforme confirmado pela Secretária de Educação.

Na ação, aponta o MPF que a UVA, mesmo sendo instituição pública de ensino superior, cobra matrículas e mensalidades de seus alunos desde sua instalação na Paraíba, burlando a regra do ensino público gratuito nos estabelecimentos oficiais, conforme previsto no artigo 206, inciso IV, da Constituição Federal. Destaca-se também que o reitor da Uva, Antonio Colaço Martins, é proprietário da Unavida, o que deixa claro o interesse financeiro privado através do uso do nome de universidade pública.

A Ação Civil Pública nº 0002196-19.2011.4.05.8200, assinada pelo procurador da República Kleber Martins de Araújo, foi ajuizada em 5 de abril de 2011.

Parceria com a Unavida

Além de não ter autorização formal para ministrar cursos superiores na Paraíba, a UVA firmou, em 1º de fevereiro de 2002, 'parceria' com a Unavida, uma universidade privada que sequer é reconhecida pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura), com a intenção de fazer com que os estudantes formados pela Unavida passassem a ter seus diplomas expedidos pela UVA, pois, se os diplomas fossem expedidos apenas pela Unavida, não teriam qualquer validade.

Para o procurador da República Kleber Martins, essa prática, apelidada de “incubação” de faculdades privadas por universidades públicas, é ilegal e imoral, “pois sua intenção, quase que invariavelmente, é conferir ares de legitimidade a instituições privadas que, justamente por oferecerem cursos superiores de questionabilíssima qualidade, e por ainda cobrarem por eles, não têm autorização ou reconhecimento pelo MEC”.

No estado do Ceará, a UVA também serviu como incubadora da Fundação Universitária do Sertão Central (Unicentro), o que fez com que o MPF ajuizasse a Ação Civil Pública nº 2004.81.00.010234-0, julgada procedente pela 8ª Vara da Justiça Federal no Ceará. O Tribunal Regional Federal da 5ª Região confirmou a decisão e reafirmou o caráter ilegal da incubação de universidades privadas não autorizadas pelo MEC por universidades públicas. Há também registros de atividades irregulares da UVA nos estados de Sergipe, Pernambuco e Goiás.

Pedidos

O MPF pede que a Justiça Federal conceda liminar para determinar que a UVA se abstenha de ministrar cursos superiores na Paraíba, sob qualquer denominação (graduação, turmas especiais etc.), isoladamente ou através de instituições públicas ou privadas (inclusive comunitárias, confessionais ou filantrópicas), até que haja autorização expressa do estado da Paraíba, através de convênio, sob pena de multa diária para o reitor no valor de R$ 5 mil.

Pede-se também que a Unavida se abstenha de ministrar cursos superiores, sob qualquer denominação (graduação, turmas especiais etc.), até que obtenha autorização expressa do Ministério da Educação e Cultura para funcionar como instituição de ensino superior, sob pena de multa diária de R$ 5 mil (para o reitor).

Além disso, que o estado da Paraíba e os 16 referidos municípios se abstenham de alugar, ceder ou colocar à disposição prédios públicos para que a UVA e Unavida ministrem aulas, cursos, palestras, simpósios ou qualquer outro encontro do gênero, até que a UVA obtenha convênio com o governo do estado para funcionamento e que a Unavida seja credenciada pelo MEC como instituição de ensino superior. A multa é de R$ 5 mil para cada ato constatado.

Já no tocante ao mérito do processo (decisão final da Justiça Federal na Paraíba), o MPF pede que sejam anulados todos os convênios firmados entre a UVA e Unavida para oferta de cursos superiores, bem como que se anulem todos os diplomas, certificados e demais títulos atribuídos pelas instituições, desde o início da parceria (UVA/Unavida) até o último dia em que a Unavida figure como universidade sem credenciamento como instituição de ensino superior.

Requer-se, ainda, que a UVA e Unavida sejam condenadas solidariamente a ressarcir, nos termos do Código de Defesa do Consumidor, todas as despesas ocasionadas aos seus alunos em razão do oferecimento irregular de cursos no estado da Paraíba sem o devido credenciamento e autorização do MEC, acrescido de juros e correção monetária.

*Ação Civil Pública nº 0002196-19.2011.4.05.8200, ajuizada em 5 de abril de 2011, na 3ª Vara da Justiça Federal.



Assessoria de Comunicação

Prefeitura de Sousa Implanta o Piso Salarial dos Professore​s

O Prefeito de Sousa, Fábio Tyrone, se reuniu na manhã desta terça-feira (17/05) com os representantes do Sindicato dos Professores e Profissionais da Educação do Município para tratar da implantação do Piso Nacional Salarial da classe, também estiveram presentes a Secretária de Educação, Neumira Sarmento, e o Secretário de Administração, Osnildo Silveira.

O Prefeito de Sousa, Fábio Tyrone, juntamente com os Secretários e os representantes sindical fizeram uma análise financeira e orçamentária e verificaram a possibilidade de implantar o piso salarial dos professores já no mês de maio, beneficiando toda a classe que há tempo luta por melhorias salariais.

A Prefeitura de Sousa comprometeu-se em manter a fixação, mesmo com a implantação do piso salarial, a Gratificação de Atividade Docente (GEAD) de 25% a mais na remuneração dos professores da rede municipal de ensino, sem nenhum prejuízo.

De acordo com o Prefeito de Sousa, Fábio Tyrone, é essencial valorizar os professores.

“Estamos atendendo um anseio que é de abrangência nacional, um sonho que se torna realidade para os professores, a implantação do piso salarial. É o nosso reconhecimento e a consideração que temos com estes profissionais, que são responsáveis pelo desenvolvimento do Município, pois a educação é o maior patrimônio do cidadão. Respeitamos à lei. Admiramos os Professores!”. Declarou o prefeito Fábio Tyrone.

O Presidente do Sindicato, Júlio Neto, ressaltou o compromisso que a Prefeitura de Sousa tem com os professores.

“A gestão mostra-se eficiente e democrática atendendo as nossas reivindicações. É uma luta que agora é consagrada, com a implantação do piso salarial no município”.

O Sindicato dos Professores do Município apresentará em breve a excelente proposta da Prefeitura de Sousa em Assembléia.

Recentemente houve uma mobilização de caráter nacional para implantação do piso salarial, uma luta justa da classe, que agora a Prefeitura de Sousa, pioneiramente, acata os anseios dos professores e implanta o Piso Salarial dos Professores.



Assessoria da Prefeitura Municipal de Sousa

TRE julga ações eleitorais contra 2 prefeitos

Dois prefeitos paraibanos voltam a ficar na mira do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nesta terça-feira (17). Dessa vez os gestores que estarão no banco dos réus serão os de Bom Jesus, Manoel Dantas Venceslau (PTB), e a de Alagoinha, Alcione Maracajá Beltrão (PHS).

Manoel Venceslau será julgado numa Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) onde ele é acusado por suposta prática de abuso de poder político e econômico, alegação de fraude eleitoral, documentação de escolaridade falsa e condição de escolaridade. O processo foi julgado improcedente pelo juiz da 42ª Zona Eleitoral e agora passará pela avaliação dos juízes do TRE.

Já a prefeita de Alagoinha, Alcione Maracajá, está sendo julgada numa Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (Aime) onde a acusação é de abuso de poder econômico.



PolíticaPB