terça-feira, 29 de maio de 2012
Escândalo na OAB de Sousa: vigilante assinou sua própria demissão quando acreditava estar sendo demitido e o caso foi parar na justiça
PC indicia rede de traficantes e ex-funcionários de presídios
Depois de meses de investigações, a Polícia Civil concluiu os dois inquéritos que apuram a suposta existência de uma ‘rede criminosa’ acusada de comandar o tráfico de drogas de dentro do presídio de Patos (O Cordão) e distribuir entorpecentes para cidades do Sertão da Paraíba e do Estado de Pernambuco.
No relatório final, elaborado pela polícia e encaminhado ao Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, foram indiciadas 31 pessoas suspeitas de participação no ‘esquema’.
Os acusados deverão responder por tráfico e associação ao tráfico de drogas e, em alguns casos, também irão responder pelo crime de tortura seguida de morte. É que cinco deles são apontados como responsáveis pela morte do preso Marcelo Mesquita de Oliveira, detido durante a operação ‘Laços de Sangue’ no ano passado e acusado de ser um dos líderes de uma das famílias envolvidas em uma ‘guerra’ no Sertão do Estado.
O ex-diretor do presídio de Patos, Estênio da Nóbrega Dantas, o ex-diretor da penitenciária de Catolé do Rocha, Denis Pereira Januário, e mais três agentes penitenciários são apontados pela polícia como os autores de uma sessão de tortura que resultou na morte de Marcelo Oliveira. Em seguida, os cinco teriam ateado fogo no corpo da vítima, para dificultar as investigações em torno do caso.
“Os cinco foram indiciados por tortura seguida de morte, mas também deverão responder por formação de quadrilha e fraude processual, já que eles modificaram a cena do crime, ao atear fogo na vítima. O restante foi indiciado por tráfico e associação ao tráfico, pela prática que participavam mesmo dentro do presídio”, relatou o delegado Hugo Lucena, um dos responsáveis pelas investigações.
Dos 31 acusados indiciados, oito foram presos durante a segunda fase da operação ‘Hidra’, deflagrada na semana passada e que resultou ainda na apreensão de três quilos de droga, aparelhos celulares, várias armas e munições.
“A operação no todo deu origem a dois inquéritos. Um que apurou a morte de Marcelo e outro a conduta ligada ao tráfico de drogas. No caso da droga, percebemos que, mesmo com as primeiras prisões, a articulação continuava, sendo necessária a realização de novas prisões, já em uma fase onde as investigações estavam praticamente finalizadas”, relatou Hugo Lucena.JPOnline
Joao Paulo Medeiros
Ricardo determina liberação de R$ 10 mi para enfrentamento à seca
As informações foram repassadas por Ricardo Coutinho durante o programa Fala Governador, transmitido pela rádio Tabajara. Segundo ele, os recursos encaminhados pelo Governo Federal foram apenas os primeiros de um total a ser liberado ao Estado para o enfrentamento à estiagem.
O governador adiantou que os investimentos serão destinados, prioritariamente, à reativação de poços artesianos. De acordo com ele, a Paraíba tem, aproximadamente, 12 mil poços, dos quais apenas metade está funcionando. “Seis mil estão inativos por não possuírem bomba, por estarem sujos, por faltarem fiação, entre vários outros problemas. Para mim, é inconcebível cavar mais poços, enquanto temos tantos inativos que podem ser reparados”, explicou.
A aplicação dos recursos na reativação dos poços também ocorrerá levando em consideração prioridades. “Quanto maior a população atendida por um poço, maior preferência ele terá. Os que tiverem a maior capacidade de volume de água também receberão ações prioritárias, pois não adianta investir em poço que está seco”, acrescentou.
Hoje, ainda conforme informações do governador, o Exército atende a 91 municípios paraibanos com ações de combate aos efeitos da seca. Exatos 363 carros-pipa estão sendo utilizados para serviços de fornecimento de água à população.
Na semana passada, Ricardo se reuniu com a Frente Parlamentar contra a Seca e anunciou a criação de uma Comissão de Acompanhamento das Ações Públicas de Combate à Seca. “Quero que todos os órgãos que tenham representatividade civil participem fundamentalmente fiscalizando o emprego dos recursos, para que seja garantida a aplicação deles da melhor maneira possível”, destacou.
O governador comentou ainda no programa radiofônico que esses valores iniciais estão muito aquém das necessidades mais elementares, diante da grande seca, caracterizada como a pior dos últimos 30 anos. Exatamente por isso, determinou a liberação de recursos próprios, para complementar o investimento federal.
A Paraíba possui, atualmente, 170 municípios com decreto local de emergência, fora 25 localizados na região do Brejo, que tiveram a situação emergencial decretada pelo próprio governador. Juntos, eles somam uma população de cerca de 2,6 milhões de habitantes. “É algo desesperador, que requer medidas rápidas, não para que a seca deixe de existir, mas para minorar o pacto da estiagem na vida dessas pessoas”, declarou.
Documentação pendente – Também no programa radiofônico, o governador chamou atenção para o fato de, dos 170 municípios paraibanos com decreto local de emergência, apenas 100 prefeituras encaminharam os documentos necessários para que o decreto seja reconhecido na esfera federal.
“Se a documentação não for repassada, a população que reside nessas localidades não terá direito a nenhuma política que está sendo colocada, como o Garantia Safra. Sem o Garantia Safra, por sua vez, o agricultor familiar também não tem direito ao Bolsa Estiagem, criado pelo Governo Federal”, alertou Ricardo.
SECOM