segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Delegados convocam assembleia para discutir greve

A Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel) distribuiu uma nota na manhã desta segunda-feira (6) convocando uma assembleia geral extraordinária para a próxima segunda-feira (13), na sede a Ordem dos Advogados do Brasil de Campina Grande.

Segundo a nota, a assembleia vai discutir a possibilidade de greve e a suspensão de todas as operações policiais em andamento, além de outros outros assuntos que não foram especificados.

A Adpdel contesta uma portaria da secretaria de Segurança Pública que altera as regras para que os membros da Polícia Civil façam horas extras. A portaria reduz para 150 horas o tempo que os delegados podem prestar serviços extraordinários.

Para o presidente da Adepdel, Cláudio Lameirão, isso pode prejudicar o funcionamento de delegacias do estado. Segundo ele, as delegacias só têm como funcionar pegando servidores que vendam a sua carga noturna e essa limitação pode esvaziar delegacias da Paraíba. “Com essa portaria ou a secretaria vai obrigar o servidor a trabalhar gratuitamente ou vai faltar servidores”, completou Lameirão.

A nota da associação também afirma que não houve nenhum contato da Secretaria de Segurança do Estado com as entidades que representam a classe dos delegados de Polícia Civil para que pudessem firmar um acordo.

De acordo com a secretaria de Segurança, a medida não vai acarretar prejuízo no atendimento à população. A assessoria da secretaria também informou que se houver necessidade o limite de 150 horas estabelecido pela portaria pode ser revisto.

Militares

Os Policiais e Bombeiros Militares também estão ameaçando fazer greve neste mês. Uma assembleia foi realizada na última sexta-feira (3), mas nada foi decidido. A categoria pede, dentre outras coisas, um reajuste salarial de 18%. O aumento dado pelo governador Ricardo Coutinho foi de apenas 3%.

Além do reajuste salarial, a categoria reivindica as escalas de serviço (carga horária), diminuição da carga horária, distribuição de kits de segurança, além do retorno imediato do risco de vida.



Jornal da Paraíba

TRE nega cassação de infiéis do PMDB de São Bento

O juiz João Batista Barbosa, do Tribunal Regional Eleitoral, negou o pedido de cassação de três vereadores do PMDB de São Bento, que deixaram o partido para se filiarem ao PSD. A ação pedia a cassação dos vereadores José Garcia dos Santos, Lucinete Carneiro dos Santos e Evangelma Dantas Pereira.

O PMDB alegou que no dia 6 de outubro de 2011, os vereadores deixaram o partido sem qualquer motivo justo, para se filiarem no dia seguinte ao PSD, compondo inclusive a Comissão Provisória da referida agremiação.

Esclarece que os infiéis não manifestaram apoio ao novo partido, tampouco integraram o grupo de fundadores, tendo realizado a migração por conveniência pessoal e por orientação do prefeito do município de São Bento com intuito visivelmente espúrio.

Ao analisar o caso, o juiz João Batista Barbosa entendeu que para se filiar a um novo partido não é preciso ter participado do processo de criação da legenda.

Ele observou ainda que os infiéis já estavam em conflito com a direção do PMDB de São Bento e em nenhum momento sofreram qualquer tipo de punição. "Percebe-se que o partido poderia ter agido internamente para cobrar fidelidade e disciplina aos seus representantes, adotando medidas previstas em seu estatuto, ao invés de esperar que os mandatários, já há tanto tempo tido por infiéis, viessem a abandonar a legenda".

Segundo o juiz João Batista Barbosa, a saída dos vereadores do PMDB se deu dentro do prazo legal de 30 dias. "Portanto, considerando que o registro do partido na Justiça Eleitoral se deu em data de 27 de setembro de 2011, restou observado o prazo de 30 dias, considerado pela Corte Superior como razoável para amparar a alegação de justa causa", afirmou o magistrado.


Lenilson Guedes
JPOnline

Segunda Câmara do TCE tem pauta com 136 processos

A 2ª Câmara Deliberativa do Tribunal de Contas da Paraíba vai examinar 136 processos constantes de sua pauta de julgamento para esta terça-feira (7), a partir das 14 horas. Setenta deles correspondem a pedidos de aposentadorias e pensões para servidores públicos, ou seus dependentes.

Vão ser julgadas contas de convênios do Projeto Cooperar e da Secretaria da Educação e Cultura, além de contas anuais da Secretaria de Finanças e Procuradoria Geral do Município de Campina Grande (exercícios de 2006 e 2008), do Fundo de Aposentadoria de Barra de Santa Rosa (2008) e do Instituo de Previdência dos Servidores de Belém (2009 e 2010).

O órgão fracionário do TCE ainda analisará processos decorrentes de inspeções de obras na Secretaria de Estado da Infra-Estrutura, da Prefeitura do Congo, na Secretaria de Saúde de Campina Grande e na Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Agricultura e da Pesca.

Constam da mesma pauta pregões presenciais, tomadas de preços, concorrências, dispensas de licitação e contratos oriundos, caso a caso, das Prefeituras de Belém, Boa Vista, Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande, Caturité, Logradouro, Marizópolis, Natuba, Paulista, Pilõezinhos, Queimadas, São Miguel, Sousa e Sumé. A 1ªCâmara do TCE costuma reunir-se às terças-feiras, a partir das 14 horas, sob a presidência do conselheiro Arnóbio Viana.



TCE

Governador garante prioridade aos prestadores de serviços mais antigos

O governador Ricardo Coutinho garantiu prioridade na renovação de contratos de prestadores de serviços aos trabalhadores que estão há mais tempo desempenhando a função junto ao Governo do Estado. A informação foi reforçada por ele durante o programa Fala Governador, transmitido no início da tarde desta segunda-feira (6), pela rede Tabajara Sat. “Entretanto, aqueles que não trabalham, que não dão o devido expediente, independentemente do tempo de trabalho, não terão apoio algum”, destacou.

Segundo Ricardo, os prestadores de serviço mais antigos serão tratados de forma prioritária enquanto o Governo não realizar concurso público. “As contratações efetivas por meio de concurso são a principal porta de entrada para o serviço público. Enquanto não realizamos um, garantimos que os mais antigos não sairão, derrubando esses boatos de que prestador com mais de 25 anos de trabalho está sendo colocado para fora em nossa gestão”, explicou.

O governador aproveitou para lembrar que os prestadores de serviço, bem como a população em geral, fiquem atentos às informações divulgadas pelas fontes oficiais do Governo do Estado. “Disseminam muitas mentiras para tentar desestabilizar nosso trabalho. Não podemos focar todos os dias, em ficar apenas as respondendo boatos. Por isso, é importante tranquilizar a todos e orientá-los a ficar atentos ao que o Estado divulga, de fato”, acrescentou o governador.

Autonomia da UEPB – Ricardo também aproveitou o Fala Governador para desta, mais uma vez, a informação de que o Governo do Estado, em nenhum momento desrespeitou a lei de autonomia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e que, tão pouco, estaria privatizando ou federalizando a instituição. Segundo ele, a Universidade é regida por lei que destina um mínimo de 3% da receita operacional líquida do Estado para seu sustento. “Só no ano passado, repassamos à UEPB o índice de 4,34% – cerca de R$ 196 milhões – quase 50% a mais do que está previsto na lei. Essa é uma verdade indiscutível”.

Conforme dados apresentados pelo governador, em 2009, o Estado repassou à universidade aproximadamente R$ 167 milhões, 0,43% a menos do que os recursos repassados em 2008. “Essa, sim, seria uma queixa real e concreta a ser feita, pois houve diminuição de recursos. Comparando 2011 com 2010, aumentamos em 8,7% o total de recursos. E, apesar do aumento, no ano passado não tivemos sequer uma expansão de sala da instituição. Fico, então, me questionando o porquê dessas reclamações agora”, disse, frisando que a UEPB mantém não só sua autonomia financeira como também administrativa.

Ele frisou que as relações de repasse de recursos à instituição são feitas através do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), utilizado pelo Governo Federal, que dá mais segurança e, inclusive, transparência ao repasse financeiro. “A UEPB tem o sexto maior orçamento da administração direta e indireta da Paraíba, superando o que é repassado ao Ministério Público e à Assembleia Legislativa. Por isso, fiquem tranquilos, o Governo, tanto quanto qualquer um, tem compromisso com o fortalecimento da universidade. Queremos a UEPB para o povo”.

Cagepa – O governador também rebateu os boatos de que o Governo do Estado iria privatizar a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa). “Pelo contrário. Estamos nos desdobrando para sanear a Cagepa. Apesar de toda a dificuldade, já registramos avanços”, assegurou. Segundo ele, quando assumiu o Governo, em janeiro do ano passado, a companhia fechava todo mês com um déficit de R$ 6 milhões.

“A Cagepa arrecadava R$ 30 milhões mensalmente e pagava R$ 36 milhões. Isso porque não cobrava devidamente as contas, sobretudo de municípios, além de não impor sanções para os que deviam. Ora, se devem, inclusive órgãos públicos, têm que pagar. E estamos conseguindo fazer isso”.

Ele lembrou que, quando prefeito de João Pessoa, muitos defendiam a municipalização dos serviços de fornecimento de água e esgotamento sanitário na cidade. “Contudo, a Capital é responsável por 63% da arrecadação da Cagepa. Logo, se tirasse João Pessoa, iria promover um desequilíbrio financeiro na empresa que prejudicaria todo o Estado. Pensando nisso, nunca aceitei a mudança, para não inviabilizá-la, pois meu maior propósito era manter a Cagepa enquanto empresa pública”.

Ricardo garantiu que o Governo segue investindo na Cagepa, inclusive desenvolvendo projetos a serem executados pela companhia, por meio do PAC, por exemplo. “A Cagepa é uma empresa pública, mas tem que ser viável, com capacidade de investimento e atendendo cada vez mais o povo da Paraíba. Cortamos muitos gastos, cargos comissionados, era uma festa que existia ali dentro. Temos lá uma diretoria comprometida, um corpo de funcionários que se sente motivado para trabalhar e defender a empresa publica. E assim vamos seguir”.



SECOM

Vereador deficiente visual da região de Sousa é vitima de preconceito em Campina Grande

O vereador Luciano Caetano do município de Santa Cruz na região da grande Sousa foi vitima de preconceito na noite desta sexta-feira (03) na cidade de Campina Grande. De acordo com o parlamentar que é deficiente visual, ele e seu filho que também não enxerga, viveram momentos de constrangimento com a atitude discriminatória de alguns taxistas do terminal rodoviário de Campina Grande.

Conforme o depoimento prestado por Luciano Caetano ao programa Repórter 97 na manhã deste sábado (04) na rádio Líder FM de Sousa, o fato ocorreu por volta das 19:00 hs, momento em que o vereador e seu filho chegaram ao terminal rodoviário de Campina, vindos da capital João Pessoa. Ao desembarcarem no local logo foram à procura de algum taxista para os levarem ao destino desejado, esperando obviamente contar com a pronta atenção dos profissionais que estavam esperando passageiros, no entanto, Luciano e seu filho ficaram espantados com atitude tomada por três taxistas que se negaram, um após o outro a conduzi-los pelo fato deles serem deficientes visuais.

Revoltado com a situação vivida em plena Campina Grande mais precisamente no terminal rodoviário, o parlamentar utilizou a imprensa sousense para fazer um desabafo e contar que outras situações já ocorreram com ele, mas nunca dessa forma tão discriminatória e preconceituosa, e ainda informou que irá tomar as providencias no sentido de informar a policia a atitude dos taxistas e até mesmo buscar outros meios de comunicação para denunciar o fato.

Luciano Caetano que atualmente é vereador na cidade de Santa Cruz que fica a poucos km de Sousa, já chegou até a ser candidato a deputado estadual pela Paraíba. Luciano Caetano é deficiente visual, tem curso superior completo, é assistente social do Hospital Regional de Sousa e exerce o segundo mandato de vereador em Santa Cruz.

Nas últimas eleições, quando foi escolhido para exercer o segundo mandato de vereador, Luciano obteve a segunda maior votação da cidade e se tornou o primeiro deficiente visual a exercer um cargo parlamentar na Paraíba.



Folha do Sertao
com informações de Ivan Dinei Sena