sexta-feira, 23 de março de 2012

Vice-presidente do TRT mantém proibição ao Estado de terceirizar saúde paraibana e aplica multa diária de R$ 10 mil

O desembargador Carlos Coelho, vice-presidente do Tribunal do Trabalho da Paraíba, manteve a proibição ao Governo do Estado de terceirizar mão de obra na atividade fim dos serviços, equipamentos, hospitais, postos e das unidades de saúde de todo o estado, por meio de celebração de qualquer espécie contratual, convênio ou termo de cooperação técnica.

A proibição se estende a contrato de gestão pactuada e contrato celebrado com cooperativas ou congêneres.

O Governo do Estado havia entrado com um pedido de suspensão de liminar contra a decisão do juiz Alexandre Roque Pinto, substituto da 5ª Vara do Trabalho de João Pessoa, anunciada na última sexta, 16, que havia concedido a antecipação de tutela, em ação movida pelo Ministério Público do Trabalho.

Como o desembargador Carlos Coelho negou o pedido e manteve a decisão do juiz, o Governo do Estado já entrou com um agravo junto ao TRT e, na próxima semana, na quarta ou quinta-feira, o Tribunal Pleno poderá apreciar o pedido.

Multa de R$ 10 mil
A decisão tomada pelo juiz Alexandre Pinto diz que “deve-se entender como integrantes da atividade fim na área de saúde os serviços prestados por qualquer profissional da área de saúde, como médico, odontólogo, psicólogo, fisioterapeuta, enfermeiro, técnico de enfermagem, nutricionista, etc. Em caso de descumprimento a multa diária estabelecida pela justiça é de R$ 10 mil por cada trabalhador encontrado em situação irregular.

Prestação de serviços terceirizados na atividade-fim
Para o juiz Alexandre Roque Pinto o cerne da questão é a prestação de serviços terceirizados na atividade-fim: “Não se está aqui dizendo que a Administração não possa celebrar contratos de gestão pactuada, na forma da Constituição e da Lei. Não é isso. O que se está repudiando é a utilização de contratos de gestão ou de prestação de serviços para a contratação indireta de pessoal para a atividade-fim dos órgãos da Administração. Esse é o ponto”.

Segundo ele, o Estado pode, sim, celebrar contratos de gestão, “na forma preconizada pelo ordenamento jurídico pátrio. O que não pode é fazê-lo de modo a possibilitar a prestação de serviços terceirizados na sua atividade-fim. Diante desse quadro, afigura-se plausível a tese espelhada na petição inicial, mostrando-se verossímeis as alegações do Ministério Público”.

Explicando a antecipação de tutela
Finalmente, explica a antecipação de tutela: “Por outro lado, a concessão da tutela antecipatória se impõe, diante da natural demora no andamento do processo, pelo desencadeamento dos atos processuais e possíveis recursos às instâncias superiores, a implicar na manutenção da ilegalidade e em sua ampliação, com a formalização de novos contratos irregulares. A fim de evitar, portanto, a sangria do erário pela destinação de dinheiro para o adimplemento de contratos irregulares, e até mesmo a ampliação das irregularidades, como sinalizam as atitudes que o réu vem tomando nos últimos tempos, deve ser acolhido o pedido antecipatório formulado pelo Ministério Público do Trabalho, na sua íntegra”. A ação civil do Ministério Público do Trabalho foi impetrada pelo procurador Eduardo Varandas Araruna.

A antecipação de tutela é uma medida prevista no artigo 273 do Código de Processo Civil que autoriza ao juiz conceder, normalmente ao autor, decisão imediata que, provisoriamente, lhe assegure o que foi reclamado no processo.




Assessoria TJ

Lidolfo diz que apoia nome do PSB para Prefeitura de JP

Nesta quinta-feira (22), o secretário chefe da Casa Civil do Governo do Estado da Paraíba, Lidolfo Pires (DEM), fez uma declaração, no mínimo, surpreendente.

O democrata adiantou que para Prefeitura Municipal de João Pessoa vai apoiar o candidato do grupo liderado pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), ou seja, a ex-secretária de Planejamento de João Pessoa, Estelizabel Bezerra (PSB).

“Aqui, em João Pessoa, a gente segue a orientação do governador Ricardo Coutinho, com a consolidação da candidata do PSB na Capital do Estado”, revelou Lindolfo Pires.

Sobre sua possível candidatura a prefeitura de Sousa, ele afirmou que não será candidato, no entanto disse que vai esperar a decisão do seu partido e as tendências das alianças com outras legendas.




Fernando Patriota
PB Agora

Desacato a funcionário público é crime

Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.

Fonte: Código Penal Brasileiro

Já vi vários cartazes com essa inscrição em várias repartições públicas, em vários órgãos da esfera municipal, estadual e federal, mas nunca vi tamanho desrespeito a esse artigo do código penal.

Já se somam diversos casos, em diversas secretarias da municipalidade. Pessoas utilizando de grosseria e força bruta, intimidando, humilhando, agredindo e na maioria dos casos usando palavras de baixo calão com funcionários, em secretarias e órgãos da administração pública municipal. Virou regra!!!

Já ouvi diversos testemunhos, onde há depredação do patrimônio público e atentando contra a moral e a dignidade das pessoas que trabalham nos órgãos públicos dos setores publicos. Todos os dias se comentam de casos de agressões verbais, há que se cuidar para que não se tornem físicas contra os funcionários públicos municipais e estaduais.




Redação com informaçoes do Blog The Place
Por Wilton Jr

Inquérito administrativo é aberto para investigar agentes presos na Paraíba

Agentes penitenciários foram presos durante a Operação Hidra.
Funcionários são suspeitos facilitar tráfico de drogas de dentro do presídio.



O secretário de Administração Penitenciária da Paraíba (SEAP), Harrison Targino, determinou nesta sexta-feira (23) a instauração de uma comissão especial de inquérito administrativo para apurar o envolvimento de seis funcionários em um esquema de tráfico de drogas que funcionava no Presídio Regional Romero Nóbrega em Patos, no Sertão da Paraíba. Eles foram presos na última quarta-feira (21) durante a Operação Hidra. Entre os que serão investigados está Demetrius Dias Mendonça, que era o diretor do presídio.

Em entrevista ao G1, o Sindicato dos Agentes Penitenciários da Paraíba (Sindescap), Manuel Leite de Araújo, garantiu que será dado todo suporte jurídico aos agentes presos por suspeita de tráfico no presídio de Patos. "Estamos informando às famílias dos agentes suspeitos de envolvimento com o tráfico que o advogado do sindicato está disponível. Iremos prestar todo apoio possível a categoria", comentou Manuel Leite. Ainda de acordo com ele, o ex-diretor do presídio, Demetrius Dias, que também é agente, deverá ter um advogado particular na constituição de sua defesa.

O ato determinando a abertura do inquérito administrativo foi publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (23). A investigação será presidida pelo delegado Giovanni Giacomelli e também terá a participação de um oficial da Polícia Militar e de uma advogada da Secretaria de Administração Penitenciária.

De acordo com o delegado Giovanni Giacomelli, a documentação do processo ainda não foi enviada para ele e isso só deve acontecer na próxima semana. Ele adiantou que não é possível precisar quanto tempo o inquérito vai durar porque são muitos os envolvidos e todos deverão ser ouvidos e apresentar defesa. “Tudo vai depender do resultado da investigação”, disse o policial sobre a possibilidade de punições administrativas para os seis funcionários.

A Operação Hidra foi realizada com a participação de cerca de 250 policiais civis e militares, que fizeram buscas nas cidades de Patos, São Bento, São José de Piranhas e Teixeira, na Paraíba, além de São José do Egito, em Pernambuco. Ainda houve apoio das polícias Federal e Rodoviária Federal e da polícia de Pernambuco.

Como funcionava o esquema
Conforme a polícia, a organização criminosa atuava distribuindo drogas originárias da Bolívia e do Paraguai para cidades da Paraíba e de Pernambuco. De acordo com o delegado do Grupo de Operações Especiais, Rodolfo Santa Cruz, o esquema seria comandado por dois irmãos presidiários de Patos, com a conivência e facilitação do ex-diretor e do então diretor do Presídio Regional Romero Nóbrega, além da participação de cinco agentes penitenciários.

A polícia e o Ministério Público também apuram o uso de carros oficiais da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) na escolta de presos do regime fechado, que teriam sido levados por funcionários de presídios para administrar o tráfico junto a grupos criminosos em bairros. Ainda é investigada a participação de pessoas em São Paulo, Rio Grande do Norte e Pernambuco.

Envolvidos sofriam atentados, diz polícia
De acordo com as Polícias Civil e Militar, o grupo também atuaria nas execuções de pessoas que tentavam denunciar o esquema. Uma das vítimas seria um detento preso na Operação Laços de Sangue. Ele foi detido no Rio Grande do Norte e supostamente integrava grupos de pistoleiros comandandos por famílias do Sertão paraibano.

O presidiário morreu no dia 7 de outubro de 2011, durante um incêndio na enfermaria do Presídio Regional de Patos. A Secretaria de Segurança e Defesa Pública da Paraíba determinou a abertura de uma sindicância para apurar se o incêndio foi criminoso ou acidental, porém o resultado não foi divulgado.

No mesmo mês, o então diretor do mesmo presídio onde aconteceu o incêndio sofreu um atentado e teve o carro atingido por mais de dez tiros. Na época, a Polícia Civil afirmou que a tentativa de homicídio tinha relação com a Operação Laços de Sangue, porém a Segurança Pública apura o envolvimento de um ex-diretor no esquema de facilitação de tráfico de drogas.



G1 PB