sexta-feira, 24 de setembro de 2010

População denuncia falta D`Água na Cidade de Lastro

A pessoas que residem na cidade de Lastro estão denunciando ao Governo do Estado e a Cagepa, a falta d’ água para abastecimento ás residências da zona urbana do município.

O abastecimento que teria que ser feito do açude capivara, em Uiraúna, construído no Governo Cássio Cunha Lima e cuja ligação das torneiras foi feita pessoalmente pelo atual Governador José Targino Maranhão, não passou de uma “propaganda enganosa”.

Não existe água nas torneiras e o povo voltou a se utilizar de um cacimbão pertencente à Cagepa, no sítio jardim, cuja água não tem tratamento adequado para consumo humano.

A população denuncia o descaso da Cagepa e já existe até abaixo assinado denunciando o descaso.

Segundo informações de moradores de Lastro, o gerente da Cagepa do Lastro, Sr. Ardaruino Abrantes de Freitas, presta serviços como enfermeiro no PSF do município de Tenente Ananias (RN), e só comparece ao posto da Cagepa, no Lastro, uma ou duas vezes por semana e nos dias de pagamento da fatura d’ água.

Algumas pessoas irão procurar o procurador do patrimônio público em Sousa, Dr. Walfredo Nascimento, para denunciar o descaso.



Campanha Compromisso Federal do candidato Jeová Campos percorre o Cariri paraibano

O deputado estadual e candidato a deputado federal Jeová Campos (PT), participa nesta sexta-feira (24) de uma grande carreata pela região do Cariri paraibano. Serra Branca, São João do Cariri, Prata e Sumé são apenas algumas das cidades que a caravana deve percorrer. Programada para ter início às 8h, em Campina Grande, a caravana só chegará ao fim por volta das 19h, no município de Sumé, a 130 km de Campina. Para o candidato, o evento tem tudo para ser um grande sucesso na região e a presença da militância e dos apoiadores da candidatura ‘Compromisso Federal’ será indispensável. “Estamos na reta final da campanha e este evento será de grande importância para todos os candidatos que acreditam na nossa proposta, que querem reeleger Zé Maranhão e Dilma presidente”, disse Jeová.

Jeová aproveita para fazer um convite a todos os simpatizantes de sua campanha Compromisso Federal e todos os candidatos da coligação “Paraíba Unida” para que participem da ação. “Vamos às ruas externar nosso desejo de eleger os candidatos de Zé e Dilma. Esperamos, portanto, que todos os candidatos a deputado estadual compareçam ao evento, que com certeza será um sucesso. Vamos avermelhar essas cidades lembrando que o melhor para a Paraíba é reeleger Zé Maranhão, o melhor para o Brasil é eleger Dilma e também colocar na Assembleia Legislativa, na Câmara e no Senado Federal, políticos que tenham compromisso com os avanços e com a continuidade das ações que busquem e defendam, cada vez mais, justiça social sob todos os aspectos e em todas as áreas”, afirmou.

Pesquisa Ibope vira tira-teima na reta final da eleição

A pesquisa Datafolha deu à oposição o gás que lhe faltava para tentar levar a eleição presidencial para o segundo turno. Por ora, o movimento detectado pelo instituto aparece circunscrito aos mais escolarizados e de renda mais alta. A questão é saber se ele migrará para outros estratos sociais mais numerosos. Sem isso, a marola pode não chegar a onda.

A pesquisa divulgada nesta quarta-feira aponta para uma redução da vantagem de Dilma Rousseff (PT) sobre seus adversários. Foi a primeira feita após a queda da ministra Erenice Guerra por denúncias de tráfico de influência dentro do governo. E também a primeira depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou seus ataques à imprensa.

Dilma oscilou de 51% para 49% do total de votos, principalmente por perder eleitores entre os mais escolarizados e de renda mais alta. Marina Silva (PV) manteve sua tendência de crescimento e chegou, segundo o Datafolha, a 13%. José Serra (PSDB) foi de 27% para 28%. Ambos subiram nos mesmos segmentos onde Dilma caiu.

A diferença do resultado do Datafolha em relação aos outros institutos não é o percentual de Dilma, mas os dos adversários e, principalmente, os brancos/nulos/indecisos. Segundo o Datafolha, eles somam apenas 8%, contra 12% no Ibope e 15% no tracking diário do Vox Populi.

A soma dos adversários chega a 42% no Datafolha, mas fica em 36% no Ibope, e em 34% no tracking do Vox Populi. Ou seja: os indecisos estariam migrando em massa para os candidatos de oposição, segundo o Datafolha.

Além da data de campo, há uma diferença entre os institutos: o Datafolha faz sua pesquisa em ponto de fluxo, e os demais, nos domicílios. O perfil do eleitor entrevistado é ligeiramente diferente. Quem está na rua tende a decidir o voto antes de quem não sai de casa.

Em tese, nesta reta final, a metodologia do Datafolha pode captar eventuais mudanças de humor do eleitor mais rapidamente. Mas também corre o risco de exagerar o peso dos segmentos mais antenados no total do eleitorado.

Haver ou não segundo turno depende de a tendência entre os mais escolarizados e de maior renda influenciar, por exemplo, os eleitores com nível médio de ensino e renda entre 2 e 5 salários mínimos. Isso ainda não aconteceu nesta eleição.

Se o movimento ficar encapsulado no eleitorado de alta renda e escolaridade, Dilma precisaria perder mais da metade de seus votos nesse estrato para deixar de liquidar a fatura em 3 de outubro.

Por isso que a próxima pesquisa Ibope/Estado/TV Globo tornou-se especialmente importante. Ela servirá de tira-teima na comparação do Datafolha com o tracking diário do Vox Populi. A pesquisa Ibope será divulgada nesta sexta, simultaneamente, no Jornal Nacional e nos portais Estadão.com e G1.



Jose Roberto de Toledo


Dividido: STF não consegue decidir validade de Lei da Ficha Limpa

O julgamento da validade da Lei da Ficha Limpa foi suspenso à 1h15 de hoje. Depois de mais de dez horas de debate, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, deu o voto que empatou o placar - 5 a 5 -sobre valer ou não o acórdão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que manteve integralmente a vigência da Ficha Limpa para as eleições deste ano - tirando da campanha Joaquim Roriz (PSC) por considerá-lo ficha-suja.

Antes de suspender a sessão, alguns ministros, capitaneados pelo presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, diziam que, por causa do empate, prevaleciam as regras do regimento interno do STF e da Súmula Vinculante 10 que mandam manter a Lei da Ficha Limpa. Cezar Peluso puxava os votos dos que queriam aguardar a indicação do 11.° ministro da corte para desempatar - vaga aberta desde a aposentadoria do ministro Eros Grau.

A maioria dos ministros já havia adiantado que considerava constitucionais os trechos da lei que acabaram por impedir a candidatura de Roriz ao governo do Distrito Federal. Roriz teve a candidatura barrada por ter renunciado ao mandato de senador em 2007 para fugir do processo de cassação, o que passou a ser considerado causa de inelegibilidade pela nova legislação.

Os ministros decidiram que não viola a Constituição a aplicação da nova regra para fatos que aconteceram antes da aprovação da Lei da Ficha Limpa.

Para o futuro. O ministro Dias Toffoli foi o diferencial no julgamento e responsável por uma dúvida. Crítico contumaz da Ficha Limpa, ele amenizou o discurso. Votou apenas no sentido de jogar para o futuro a aplicação da lei.

De acordo com Toffoli, seria necessário esperar pelo menos um ano da entrada em vigor da lei para impedir as candidaturas. Segundo ele, a exigência está prevista no artigo 16 da Constituição Federal. 'O artigo 16 é uma garantia do eleitor', disse.

Argumentou que isso garante que mudanças nas regras eleitorais patrocinadas pelas maiorias não sirvam para excluir adversários das eleições, como ocorria com frequência na ditadura militar. Nesse sentido, votaram também os ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello.

O voto de Gilmar Mendes foi o que mais esquentou o clima do plenário. 'Essa regra é cláusula pétrea. O fato de ter-se que esperar um ano é uma segurança para todos. Faz parte de um processo civilizatório, precisa ser respeitado', afirmou. 'A história mostra em geral que os totalitarismos se louvam nesse tipo de fundamento ético.' E concluiu: 'A ditadura da maioria não é menos perigosa para a paz social do que a da minoria.'

Marco Aurélio Mello acrescentou: 'Vivemos momentos muito estranhos. Momentos em que há abandono a princípios, a perda de parâmetros, a inversão de valores, o dito passa pelo não dito e o certo pelo errado e vice-versa. Nessas quadras é que devemos ter um apego maior pelas franquias constitucionais. E uma dessas franquias nos direciona à irretroatividade da lei.'

Aplicação imediata. Cinco ministros - Carlos Ayres Britto, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Ellen Gracie - votaram pela aplicação imediata da lei, ao julgar que a mudança não alterou o processo eleitoral, como visa proteger a Constituição.

Eles argumentaram que a lei foi aprovada antes das convenções partidárias. As legendas sabiam, portanto, quais eram as regras de inelegibilidade. E deram legenda para fichas-sujas porque quiseram. 'Não há direito adquirido à elegibilidade: o direito é definido e aferido a cada eleição, assim como não há direito garantido à reeleição', disse o ministro Ricardo Lewandowski, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mas a restrição que Toffoli fez à lei foi apenas aquela - de que valeria para as próximas eleições. O ministro rejeitou os argumentos dos advogados de Joaquim Roriz de que as novas regras retroagiam para prejudicá-lo e de que estaria violado o princípio da presunção de inocência ao ser considerado inelegível sem condenação pela Justiça.



Estadão