terça-feira, 2 de março de 2010

Modelo de gestão implantado no HRC corre risco e população pode ser prejudicada

O modelo de gestão implantado no Hospital Regional de Cajazeiras, que conta com a participação do Governo do Estado, da Prefeitura Municipal de Cajazeiras e da Universidade Federal de Campina Grande, que tem a frente o diretor geral, Dr. Antônio Fernandes Filho, e que prioriza o atendimento ao paciente e a melhoria dos serviços disponibilizados à população de mais de 17 municípios da Paraíba, e que teve avanços significativos nos últimos doze meses, corre sérios riscos de ser descontinuado caso a interferência política da família do atual prefeito de Cajazeiras, Léo Abreu, surta efeito. Isto porque, sob o falso e frágil argumento de má gestão, eles querem afastar o atual diretor para poder voltar a utilizar aquela instituição pública com fins políticos-eleitorais.

“Esta gestão da Universidade Federal foi e está sendo uma sábia decisão e vem obtendo resultados nunca antes vistos no hospital, afastando definitivamente a ingerência política na instituição”, argumenta o diretor geral, lembrando que se isso foi um avanço para toda a sociedade, também gerou descontentamento de uma minoria que ficou impossibilitada de utilizar as dependências e a estrutura do HRC para outros fins que não o atendimento dos pacientes. “A atual gestão do HRC é um obstáculo para essas práticas escusas, por isso tamanho descontentamento”, destaca Dr. Antônio Fernandes Filho que tem ligação direta com a UFCG.

Em menos de um ano, os resultados da atual gestão não deixam dúvidas que hoje o HRC não apenas se tornou referência em atendimento na região, como melhorou sensivelmente a qualidade de sua prestação de serviços. Basta destacar que, neste período, o número de leitos passou de 50 para 140 e o número de médicos já atinge a marca de 80 profissionais. A maternidade e a UTI foram reformadas e ampliadas, iniciou-se a construção de mais três salas do bloco cirúrgico e o anexo onde vai funcionar o primeiro Centro de Hemodiálise de Cajazeiras já está concluído faltando apenas equipar o espaço para começar a funcionar. Além disso, o HRC ganhou nova pintura, teve sua parte elétrica e hidráulica toda revisada, ampliou seu estoque de medicamentos e se transformou no primeiro hospital público do estado a ter residência médica, entre outros avanços.

“O atendimento no HRC melhorou, mas ainda tem muito o que avançar e se esse projeto for descontinuado, provavelmente, voltaremos a antiga realidade do clientelismo, do balcão de negócios e com o descaso com a coisa pública”, atesta o deputado estadual Jeová Campos (PT), um dos principais defensores do atual modelo de gestão do Hospital.

Em artigo publicado no jornal Gazeta do Alto Piranhas, edição 585 – pág. A5 (26 de fevereiro a 04 de março de 2010) e assinado por José Antônio de Albuquerque, ele destaca que é preciso que o HRC avance ainda mais e se acabe, de uma vez por todas, do dia a dia do hospital, esta história dele servir como “fábrica de voto”, de gabinete para atender eleitor, seja de pessoas ligadas ao município ou ao estado. “A comunidade cajazeirense e principalmente a comunidade acadêmica, que vai ter o HRC como sua escola, não irão permitir que volte a se instalar naquele nosocômio um birô eleitoral, o que seria um retrocesso sem tamanho e uma perda irreparável nos ganhos já implantados e realizados em nossa cidade na área de saúde pública”, atesta o autor do artigo.

Ele vai ainda mais além e indaga: “Será que nossos políticos, os instalados no poder, não pensaram nas conseqüências, caso a Universidade rompa este pacto, o quanto seria maléfico para a nossa cidade? De imediato teríamos o número de vagas reduzidas no curso de medicina de 80 para 60; as residências médicas poderiam ser descredenciadas; o novo curso de medicina da Escola Santa Maria não seria mais implantado, além de mais outros graves problemas”, prossegue José Antônio

José Antônio também faz um apelo “aos políticos ligados ao governo Maranhão III e ao governo Léo Abreu, que têm o domínio das indicações dos seus gestores, para que cessem as intrigas, os atropelamentos de decisões, os confrontos de ações e as tentativas de derrubar a Direção Geral, que tem desenvolvido um trabalho sério, competente e honesto no HRC”.

Um dos recentes embates envolvendo a família Abreu com a direção geral do HRC deveu-se ao impedimento do médico Vituariano Abreu, pai do prefeito Léo Abreu e sogro da atual diretora administrativa do Hospital, Jaqueline Abreu, de realizar procedimentos cirúrgicos no HRC fora de sua especialidade. Médico ortopedista Vituriano estaria realizando partos cesáreos e outras intervenções fora de sua especialidade no Hospital de Cajazeiras colocando em risco os pacientes. O caso já está no Conselho Regional de Medicina.


Notas acirramento de desavenças em Cajazeiras por conta da gestão do HRC

HRC em foco

Há uma briga declarada e pública em Cajazeiras entre a família do prefeito Léo Abreu (PSB) e o deputado Jeová Campos (PT) no que diz respeito, também, a gestão do Hospital Regional da cidade. Enquanto o deputado defende que não deva ter ingerência política no dia a dia do hospital, o prefeito, seu pai, o médico Vituriano Abreu e a primeira dama da cidade, Jaqueline, que ocupa o cargo de diretora administrativa do HRC por indicação da Prefeitura, estão na contra mão deste pensamento. A queda de braço já chegou ao governador José Maranhão que tenta uma saída conciliatória para evitar maiores desgastes entre seus dois aliados em Cajazeiras e prejudicar o avanço das ações do hospital que é um dos que mais se destacam na atual gestão estadual.

CRM de Olho

Um dos mais recentes episódios de discórdia envolvendo a família Abreu com a direção geral do HRC, deveu-se ao impedimento do médico Vituariano Abreu, de realizar procedimentos cirúrgicos no HRC fora de sua especialidade. Médico ortopedista, Vituriano estava realizando partos cesáreos e outras intervenções fora de sua especialidade no Hospital de Cajazeiras colocando, inclusive, em risco os pacientes. O fato já é de conhecimento do Conselho Regional de Medicina.

News - Assessoria & Comunicação


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