sexta-feira, 5 de março de 2010

Vereadora esta ameaçada de perder o mandato por quebra de decoro parlamentar na cidade de São Francisco

A vereadora Raimunda Arlani David de Oliveira (PMDB) está sendo ameaçada de cassação na Câmara Municipal de São Francisco na região de Sousa em virtude das acusações de quebra de decoro parlamentar durante a votação de um requerimento no legislativo da cidade.

Os vereadores aprovaram um requerimento que criou uma Comissão de Investigação de Processo para apurar o comportamento da vereadora, que é acusada de ter ouvido em uma extensão telefônica uma conversa particular entre a vereadora Maria Bernadete (DEM), líder do governo e o prefeito José Rofrantz (PSDB).

O fato foi registrado durante a votação de um requerimento apresentado pela vereadora Arlani pedindo ao Governo do Estado punição para policiais do destacamento da cidade, que segundo ela, teriam sido omissos ao não prenderem o agricultor Francisco de Assis Ventura, acusado de matar a esposa e a filha a tiros no final do ano passado em São Francisco.

A matéria ganhou contornos políticos porque um dos policiais militares é irmão do prefeito da cidade, que por sua vez manteve contato telefônico com a líder do governo na câmara para tomar conhecimento do andamento da votação.

Consta na acusação que ao perceber que a vereadora Bernadete saiu do plenário, a autora do requerimento acompanhou a líder do governo e através de uma extensão telefônica teria conseguido ouvir a conversa reservada que acontecia no gabinete da presidência da câmara.

O fato veio a tona e os vereadores agora acusam Raimunda Arlani de Oliveira da quebra e decoro parlamentar e pedem a sua cassação. A Comissão de Investigação de Processo terá prazo de 30 dias para ouvir as partes envolvidas no caso e emitirá um parecer que será apreciado pelos nove vereadores no plenário.

A vereadora Arlani rebate as denúncias e disse que saiu do plenário para fazer uma ligação e procurou o telefone mais próximo e acabou ouvindo a conversa por engano, mas quando percebeu desligou e voltou ao plenário para a votação do requerimento que acabou sendo aprovado pelos parlamentares.


George Wagner

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