
Os vereadores aprovaram um requerimento que criou uma Comissão de Investigação de Processo para apurar o comportamento da vereadora, que é acusada de ter ouvido em uma extensão telefônica uma conversa particular entre a vereadora Maria Bernadete (DEM), líder do governo e o prefeito José Rofrantz (PSDB).
O fato foi registrado durante a votação de um requerimento apresentado pela vereadora Arlani pedindo ao Governo do Estado punição para policiais do destacamento da cidade, que segundo ela, teriam sido omissos ao não prenderem o agricultor Francisco de Assis Ventura, acusado de matar a esposa e a filha a tiros no final do ano passado em São Francisco.
A matéria ganhou contornos políticos porque um dos policiais militares é irmão do prefeito da cidade, que por sua vez manteve contato telefônico com a líder do governo na câmara para tomar conhecimento do andamento da votação.
Consta na acusação que ao perceber que a vereadora Bernadete saiu do plenário, a autora do requerimento acompanhou a líder do governo e através de uma extensão telefônica teria conseguido ouvir a conversa reservada que acontecia no gabinete da presidência da câmara.
O fato veio a tona e os vereadores agora acusam Raimunda Arlani de Oliveira da quebra e decoro parlamentar e pedem a sua cassação. A Comissão de Investigação de Processo terá prazo de 30 dias para ouvir as partes envolvidas no caso e emitirá um parecer que será apreciado pelos nove vereadores no plenário.
A vereadora Arlani rebate as denúncias e disse que saiu do plenário para fazer uma ligação e procurou o telefone mais próximo e acabou ouvindo a conversa por engano, mas quando percebeu desligou e voltou ao plenário para a votação do requerimento que acabou sendo aprovado pelos parlamentares.
George Wagner

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