
A reunião contou com a presença de representantes do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Sousa, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama), Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e procuradores Federais.
Na oportunidade, o DNPM esclareceu o motivo pelo qual retirou uma pedra contendo pegadas de dinossauros, que estava a região da Bacia do Rio do Peixe. A pedra, que foi entregue, ano passado, à Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, já foi recolhida e ficará no DNPM até a restruturação do museu de Sousa. Neste sentido, recomendou o Ministério Público Federal que o DNPM somente proceda qualquer salvamento ou extração de pedras contendo pegadas dos dinossauros na referida região, mediante prévia consulta aos órgãos envolvidos com sua proteção, notadamente, o Iphan, e comunicação ao Ibama e MPF.
Já o município de Sousa e a Sudema devem realizar, em 30 dias, uma capacitação para os servidores que prestam serviço na Unidade de Conservação “Vale dos Dinossauros”, disponibilizando, ainda, 20 vagas para a sociedade civil. A prioridade é para pessoas que residem nas proximidades dos 'sítios' com vulnerabilidade média e alta, apontados no relatório do DNPM. A capacitação deve ser oferecida em parceria com o referido órgão e o Iphan.
Além disso, recomendou-se que o Ibama e o DNPM intensifiquem a fiscalização contra extração irregular de areia na bacia do Rio do Peixe, providenciando a devida autuação dos infratores.
Novo termo de compromisso
Tendo em vista o exaurimento do termo de ajustamento de conduta celebrado em 2009, o MPF elaborará novo termo visando à preservação dos sítios paleontológicos, existentes na Bacia do Rio do Peixe, dessa vez voltado ao trabalho de demarcação dos polígonos da área, bem como à fixação de novas obrigações.
A minuta será analisada pelos órgãos envolvidos, facultando aos mesmos a apresentação de contra-proposta, no prazo de 10 dias a contar da data de recebimento.
Ministério do Turismo e Petrobras
Na reunião, foi informado que o Ministério do Turismo firmou convênio, através de emenda parlamentar, de mais de 1 milhão de reais, para recuperação da área. Mas, de acordo com informações de técnicos do Iphan, o convênio colide, em parte, com projeto já aprovado pela Petrobras para recuperar a área.
Ocorre que o projeto elaborado entre a Petrobras e a Sudema prevê a recuperação da área, mas não dispõe nada em relação à parte do museu. Já o convênio do Ministério do Turismo prevê a destruição de tudo e novas construções. “Trata-se de dinheiro público, por isso o Ministério Público Federal vai requisitar plano de trabalho e recomendar que qualquer alteração na área apenas seja feita com a expressa anuência do órgãos envolvidos”, afirmou a procuradora Lívia Sousa.
Assessoria de Comunicação

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