
O governador José Maranhão vai pedir na Justiça a decretação da ilegalidade da greve dos delegados. O procurador-geral do Estado, José Edísio Souto, disse, na quarta-feira (25), que a Procuradoria vai entrar na Justiça pedindo a decretação da ilegalidade da greve, bem como pedir a autorização do Poder Judiciário para instaurar os procedimentos administrativos para o corte dos pontos dos delegados.
A determinação foi do governador José Maranhão, para que a ação fosse protocolada ainda na tarde de ontem. “O governador esticou a corda até onde pôde. Fez diversos apelos aos delegados, abriu as contas do Estado e diferentemente dos agentes, que compreenderam a situação e se afastaram da greve, os delegados permanecem”, disse Edísio.
Edísio Souto disse que a medida foi tomada em função da “intransigência” dos delegados, em favor do interesse público. O governo não usará do mesmo tratamento em relação à greve dos defensores públicos, porque entende que o movimento está fraco e prefere aguardar pelo bom senso da categoria.“A greve dos defensores está esvaziada pelo tempo”, justificou Edísio.
O secretário Marcos Ubiratan disse que em 2009 não há qualquer possibilidade de conceder os reajustes reivindicados pela categoria dos policiais civis, sob pena de ser nulo de pleno direito. Ele explicou que, este ano, o volume de recursos destinados aos policiais é da ordem de R$ 113 milhões. Para 2010, já existem definidos recursos complementares à folha da ordem de R$ 123 milhões.
“Com esse volume de gastos, o nosso índice de pessoal em relação à RCL ultrapassou os 60%, e por esse índice, o Estado ficou proibido de conceder benefícios”, disse Ubiratan.
Manifestações
Seguindo um calendário de manifestações, os delegados integrantes da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia Civil (Adepdel) fazem uma manifestação na Sede Regional de Patos, no Sertão, nesta quinta-feira (26), reunindo profissionais de Cajazeiras, Itaporanga, Picuí e Catolé.
Diariamente no site da associação, os grevistas expõem a insatisfação com a proposta salarial feita pelo Governo. Eles também estão publicando fotografias de seus locais de trabalho, com infiltrações, cadeiras quebradas, armários danificados e falta de computador, denunciando que vivem em meio a um "caos".
Aline Lins do Paraíba1

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