
Temporão, ao divulgar os dados, apontou como fator de risco uma mudança negativa no padrão alimentar dos brasileiros, com destaques para o baixo consumo de frutas e verduras e o alto consumo de carnes gordas, refrigerantes e leite integral. Outro problema, segundo o ministro, é o crescente sedentarismo da população.
"Dancem, façam sexo, mantenham o peso, mudem o padrão alimentar, façam atividades físicas e, principalmente, meçam sua pressão arterial", disse Temporão, ressaltando que as doenças crônicas não atingem apenas ricos, pelo contrário, são bastante "democráticas".
"Não é brincadeira, é sério, fazer atividade física regular significa também fazer sexo, com proteção sempre, claro", afirmou Temporão.
Aumento de casos
Dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde revelam que a hipertensão tem avançado no Brasil - passou de 21,5% da população em 2006 para 24,4% no ano passado. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, no entanto, os números já chegam a 30% em todo o país.
A pesquisa divulgada pelo ministério foi feita com 54 mil adultos e mostra que a prevalência da doença, entre 2006 e 2009, aumentou em todas as faixas etárias - sobretudo entre os idosos. Atualmente, 63,2% das pessoas com 65 anos ou mais sofrem do problema. O índice, em 2006, era de 57,8%.
Entre a população até 34 anos, os números não passam de 14%. Já dos 35 aos 44 anos, a taxa é de 20,9%. Dos 45 aos 54 anos, chega a 34,5% e dos 55 aos 64 anos, totaliza 50,4%.
O estudo mostra ainda que a proporção de hipertensos é maior entre as mulheres - 27,2% contra 21,2% entre os homens. Além disso, quanto menor a escolaridade, maiores são os casos diagnosticados. Entre os adultos com oito anos de escolaridade, por exemplo, o índice é de 31,5%, enquanto entre os com nove, dez ou 11 anos de estudo soma 16,8%.
A pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9. A doença é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo. O movimento acaba sobrecarregando órgãos como o coração, os rins e o cérebro. Se não for tratada, a hipertensão pode provocar complicações como o entupimento de artérias, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e infartos.
Agência Brasil

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