quinta-feira, 8 de abril de 2010

Deputado Jeová Campos critica atitude da oposição e diz que AL passa por uma 'crise'

“Temos que construir bandeiras em prol do desenvolvimento, criação de emprego e renda para o nosso povo, mas ao invés disso, o que está havendo é uma luta pelo poder. Digo que a Assembleia está em crise e o povo não está nem um pouco satisfeito e ainda vai surpreender muitos candidatos em outubro”, declarou ontem (07) o deputado estadual Jeová Campos (PT) a respeito da quebra de quórum da bancada de oposição que, encontrando-se em minoria em plenário, resolveu retirar-se a votar os vetos do executivo. Para Jeová, a saída dos parlamentares do plenário é uma conseqüência das verdadeiras artimanhas que a bancada está se utilizando para estender o assunto a respeito dos vetos do executivo, mais especificamente, sobre a emenda à LOA que trata do aumento salarial de 5% para os servidores públicos estaduais.

De acordo com Jeová, a discussão sobre os oito vetos do executivo já deveria ter sido encerrada quando, na semana passada, uma reunião entre os líderes das bancada havia sido agendada para esta última terça-feira (06). “Essa discussão não tem sentido. Já tinha sido definido na semana passada uma reunião para resolver os impasses que cercam os vetos. O que está acontecendo nada mais é que artimanha da oposição para posar de boazinha diante da população”, disse Jeová, explicando que o principal veto que a oposição deseja derrubar, que prevê o aumento salarial do funcionalismo estadual, é inconstitucional e, por essa razão, sua discussão já deveria ter sido encerrada.

“Eles estão estendendo essa discussão para se desvencilhar do que realmente interessa para o estado, pois a emenda é inconstitucional sob o ponto de vista da competência, ou seja, não é da competência do legislativo fixar aumento de servidor e sim do executivo”, esclareceu o parlamentar, lembrando que além desse problema, existe o compromisso do governo José Maranhão com a lei de responsabilidade fiscal, visto que hoje 63% da receita do governo está comprometida com o pagamento de servidores.

“O limite constitucional é de 60%. Já estamos acima desse limite. Não tem como conceder esse reajuste, apesar de muito querer que, por exemplo, um professor tivesse um rendimento bem maior que o atual. Sou professor e conheço os problemas enfrentados pela classe”, destacou o deputado, que aguarda para a próxima semana a resolução do impasse. “Espero que no máximo na semana que vem já tenhamos concluído tudo isso para que possamos debater outros temas urgentes, porque até agora só vi manobras”, conclui Jeová.


News - Assessoria & Comunicação


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