Barreto denuncia problemas em prestação de Contas de Ricardo Coutinho

Barreto desqualifica Justiça Eleitoral e diz que prestação de Contas de RC não foi bem apreciada

O professor Francisco Barreto apresentou na manhã de hoje 9.700 cópias da prestação de contas do prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), relacionadas às eleições de 2008 e afirmou que não se justifica os gastos de campanha de mais de R$ 1 milhão. De acordo com Barreto, apesar das contas terem sido aprovadas pela Justiça Eleitoral, existem algumas irregularidades que não foram analisadas corretamente. “Os documentos estão maquiados e quero deixar claro que em momento algum quero acusar ninguém. A Justiça Eleitoral foi que não se aprofundou” , disse.

De posse dos documentos, Barreto afirmou que apresentará a denúncia ao Ministério Público Federal, a Receita Federal e a Polícia Federal. De acordo com ele, existem recibos falsificados de doações de campanha sem assinaturas dos doadores. Conforme o professor, em muitos outros casos os doadores são funcionários da Prefeitura da Capital a exemplo da servidora da Secretaria de Finanças, Ester Malaquias Brandão, a quem acusou de comandar o esquema.

Em outro momento, o professor revelou que muitos depósitos foram feitos no caixa do Banco do Brasil instalado dentro da Prefeitura de João Pessoa depois do expediente normal de funcionamento das agências bancárias.

Na ocasião, o denunciante apresentou ainda cópia de recibos relacionados a doação de campanha no nome do deputado federal Manoel Júnior (PMDB) e do ex-deputado Gilvan Freire. Segundo Barreto, ambos negaram que tivessem sido doadores nas eleições passadas.

Para o Juiz eleitoral da época, Aluízio Bezerra, a prestação de contas do prefeito Ricardo Coutinho foi aprovada com o parecer de técnicos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE), além de ter recebido o parecer favorável do Ministério Público Eleitoral (MPE). Para o juiz, essa matéria está superada. “Se Barreto apresentou essas denúncias cabe a ele agora provar a veracidade do que foi dito”, afirmou.



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