Programa radiofônico da Prefeitura de Bonito é retirado do ar por retaliação da oposição

11/11/2009.
Depois de tomar conhecimento que o advogado da prefeita de Bonito de Santa Fé, Alderi Caju (PMDB), deu entrada numa representação criminal contra o comerciante local Renato Leite de Lacerda, e também contra os vereadores da cidade, Francisco Furtado Dias, mais conhecido como Joelson e José Péricles Medeiros Ramalho, pela prática dos delitos de calúnia, difamação e injúria, o Sr. Péricles Ramalho, que atua como diretor da Rádio Bonito FM, a mesma emissora onde foi transmitido o programa alvo da ação, proibiu a apresentação do programa “Bonito Para Todos”, que era de responsabilidade da Prefeitura Municipal.

O programa que ia ao ar todo sábado, ao meio dia, e que divulgava as ações desenvolvidas pela atual gestão da cidade, foi suspenso sem comunicação prévia, em represália a ação movida pela prefeita Alderi Caju. “Essa foi mais uma atitude que demonstra a imparcialidade da emissora e o firme propósito de seus dirigentes em prejudicar a atual administração da cidade que vem desenvolvendo um trabalho sério e comprometido com as causas populares, bem diferente das gestões passadas que só se lembrava do povo da cidade em épocas de eleição”, afirma a prefeita Alderi Caju.

Não satisfeito em suspender o programa da Prefeitura, a direção da Rádio ainda permitiu a veiculação, normalmente, do programa “Câmara em Debate” que é de responsabilidade dos vereadores de oposição a atual prefeita de Bonito de Santa Fé, confirmando a posição parcial da direção da emissora. “Eles cortaram o nosso espaço, mantendo o da oposição, sem respeitar uma regra básica da boa e ética comunicação que é ouvir os dos lados, de forma igualitária”, adianta a prefeita que vai pedir ao Ministério Público que fiscalize as ações da direção da emissora que vem burlando, sistematicamente, as regras que regem uma rádio comunitária.

“Há várias irregularidades sendo cometidas pela rádio que, como é comunitária, por exemplo, não pode atuar como uma emissora privada comercializando espaços, praticando leilão nas transmissões, nem ultrapassar o limite de transmissão imposto pela legislação que rege as rádios comunitárias no país”, lembra Alderi Caju. Ela deixa claro, no entanto, que é a favor que a rádio continue a funcionar, tanto que não vai requer o seu fechamento, apenas vai solicitar ao Ministério Público que apure as irregularidades praticadas pela atual direção da rádio. Por medida de precaução, já que ela enfrenta uma oposição raivosa e inconformada, a prefeita solicitou, semana passada, segurança especial ao governador José Maranhão no que foi prontamente atendida.

Também no último domingo, durante a transmissão do programa “Questão de Ordem”, o vereador José Carlos de Oliveira, tentou amenizar as agressões à prefeita Alderi Caju, mas se contradisse ao defender Renato Lacerda, inclusive, afirmando que “o rapaz teria todo o seu apoio para sua defesa em juízo”. O vereador Joelson Furtado que também faz oposição à prefeita de Bonito, junto com José Carlos, ainda fizeram pouco caso da Justiça, ao afirmarem que “as ações que estão sendo movidas não resultariam em nada”, num total desrespeito à Justiça paraibana.

Retrospectiva

No último dia 1º, por volta das 11h30, Renato Lacerda participou do programa “Questão de Ordem”, transmitido pala Rádio Comunitária Bonito FM. Durante a transmissão do programa, ele ofendeu a honra da prefeita ao proferir palavras de baixo calão, a exemplo de “ela não presta”, “não tem caráter”, “é falsa e mentirosa”, “sem vergonha”, entre outras agressões verbais que, inclusive, foram extensivas à família da prefeita e ao seu esposo já falecido. De forma irônica, segundo cópia da degravação do programa que foi anexada à representação criminal, Renato disse ainda que a prefeita “vivia se escondendo” e insinuou que ela estivesse utilizando recursos públicos de forma irregular quando afirmou que “quem está comendo o dinheiro das verbas, porque tem certeza que a verba vem”? Ainda segundo a representacão criminal, os demais representados – Francisco Furtado Dias e José Péricles Medeiros Ramalho – responderão na Justiça pela conivência da prática delituosa, visto que eles eram os apresentadores do programa “Questão de Ordem”, transmitido no dia 1º de novembro e em nenhum momento interpelaram ou interromperam Renato nas suas colocações.


News - Assessoria & Comunicação