sexta-feira, 6 de maio de 2011

Suspeitos de ameaçar religiosos em Cajazeiras podem residir fora da Paraíba

Os suspeitos de ameaçarem um grupo de religiosos de Cajazeiras podem residir fora da Paraíba. A suspeita veio a tona depois que o delegado Antônio Luis Barbosa Neto enviou cartas precatórias para que pessoas fossem ouvidas nas regiões Nordeste e Sul. O delegado disse que ainda não recebeu resposta sobre essas cartas, até porque é um processo demorado.

Antônio Luis Barbosa adiantou que já ouviu cinco pessoas, mas alegou que não podem falar sobre o teor dos depoimentos para não atrapalhar as investigações. Entre as pessoas ouvidas está uma mulher dona de um celular que enviou mensagens ameaçando os religiosos. O delegado disse apenas que o inquérito é complexo e trabalhoso, mas tudo está transcorrendo normalmente.

A Polícia Civil também já identificou alguns dos computadores que enviaram mensagens ameaçadoras para o bispo e vários padres da Diocese de Cajazeiras.

O major José Ronildo, comandante do 6º Batalhão em Cajazeiras, afirmou que 15 padres da região estariam marcados para morrer, além do bispo Dom José González Alonso. Essas ameaças, segundo o comandante, chegaram por meio de e-mails e torpedos via celular. Ainda segundo o comandante, os desconhecidos afirmaram que após os assassinatos iriam cometer o suicídio em praça pública e na frente várias pessoas durante um grande evento religioso.

Diante dessas ameaças, o major José Ronildo determinou que o policiamento em frente à residência dos 15 padres como também do Palácio do Bispo fosse intensificado. De acordo com o major José Ronildo, as ameaças estariam partindo de ex-seminaristas que foram afastados do seminário por indisciplina. Nesses e-mails, segundo a Diocese de Cajazeiras, os seminaristas tentaram extorquir o bispo Dom José González Alonso.

A Diocese de Cajazeiras chegou a emitir uma nota afirmando que em telefonemas, e-mails, e torpedos, de origem desconhecida, desconhecidos denegriam o clero e seminaristas, com difamações e calúnias, em linguagem desrespeitosa, agressiva e mesmo pornográficas. Por fim as mensagens passaram a conter ameaças de todo tipo, também de morte, pessoais e até coletivas, tentando criar um clima de terror e de chantagem, com caráter extorsivo.



Paulo Cosme

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