quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tragédia na Rodovia José de Paiva Gadelha: Motoristas podem ser condenados a mais de 30 anos de cadeia

A Promotora de Justiça da 4ª Vara da Comarca de Sousa, Dr. Fábia Cristina Dantas Pereira já entregou a justiça o parecer nas alegações finais, do processo que apura a morte dos 13 estudantes vitimados no grave acidente, ocorrido no final da tarde do dia 23 de maio de 2006, na Rodovia José de Paiva Gadelha, estrada que liga Sousa a Uiraúna.

Na denuncia, a representante do MP, requer a condenação dos três envolvidos no acidente, o motorista do ônibus da Prefeitura de Vieirópolis, Joceano Tavares da Silva e do motorista do caminhão F4000, que prestava serviços ao estado José Dionísio Ramalho, que reside no Sítio Macacos, Zona Rural do Município de Sousa, além do condutor da carroça de burro, Cícero Costa Oliveira, natural da Cidade de Sousa e que vinha com uma carroça pela Rodovia PB José de Paiva Gadelha quando ocorreu a tragédia. Ao todo, 13 pessoas morreram e outras 7 ficaram feridas naquela tragédia.

De acordo com a parecer da promotora, os motoristas dos dois veículos que transportavam estudantes devem ser condenados em 13 vezes por homicídio culposo e ainda em 7 vezes por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor , o que juntas as penas pode ultrapassar os 30 anos de cadeia. Já o condutor da carroça por homicídio culposo e lesão corporal culposa, cuja pena pode de ser de 1 a 3 anos, acrescido ainda de 1/3 a mais da pena, em média, de 3 a 4 anos de detenção, o que pode ser substituído por uma restritiva de direito, ao invés da privativa de liberdade (prisão).

Agora cabem aos advogados de defesa dos réus apresentarem também as suas alegações finais, no caso os advogados, Fabrício Abrantes e Ozael da Costa Fernandes que defendem aos interesses do motorista do ônibus, ao Dr. Cláudio Diniz que patrocina a defesa do motorista da F4000, e por último ao Dr. Kildare que defende o condutor da carroça.

Apesar do parecer do ministério público é preciso aguardar a sentença judicial que deverá ser conhecida apenas no ano de 2011, já que o processo é bastante volumoso e trata-se de um caso de natureza extremamente grave, pois, foram 13 estudantes que perderam a vida após um acidente até hoje não bem explicado.

Por último, a defesa dos réus, diz ter provas contundentes que deixam duvidas sobre a realização do laudo na perícia da polícia cientifica que teria sido assinado por alguém que não participou da reconstituição, na noite da cena do sinistro.




Mário Gibson

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