
Segundo ele, a impunidade motiva ações ilegais na política e no futebol. Gilmar Mendes se referiu, também, ao caso do mensalão do DEM, que envolve o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) e seus aliados, e as agressões na última rodada do Campeonato Brasileiro, em Curitiba.
“Sem dúvida nenhuma, esse (a impunidade) é um dos fatores (que motiva ações ilegais). No quadro político tem havido punição, abertura de processos, reação e mudanças no sistema. Nós estamos em um processo democrático que recomeçou há 21 anos, com a Constituição de 1988. Mas sem dúvida nenhuma nós temos que discutir isso e apertar os critérios contra a impunidade. A Justiça deve ser severa”, afirmou Mendes, no Rio de Janeiro.
Para o presidente do STF, o financiamento público de campanhas eleitorais é uma das alternativas que os políticos devem discutir para evitar a corrupção. “Eu mesmo estou convencido da necessidade de que nós introduzamos outras modificações, por exemplo, podemos discutir o financiamento público de campanha que torna totalmente ilegal o dinheiro particular nesse modelo”, afirmou o ministro.
Mendes também relembrou que só neste ano dois governadores foram cassados por abuso no processo eleitoral: Jackson Lago (PDT), do Maranhão, e Cássio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba. “Isso não é pouco. Isso tem algum significado. É preciso discutir isso”, disse.
Após traçar um paralelo entre política e futebol, o ministro classificou como “lamentável” as cenas de agressão após o fim da partida entre Fluminense e Coritiba, o estádio Couto Pereira, no domingo, em Curitiba.
“Isso merece o repúdio de toda a comunidade nacional. Tem que haver medidas sérias tanto no campo desportivo como no campo judicial. Espero que a polícia, em Curitiba, que o Ministério Público e que a Justiça hajam com o devido rigor”, disse.
Sobre o mensalão do DEM, Mendes disse que não tem dados para comentar o assunto. Mas pelos fatos que foram revelados, o ministro disse que o caso é “extremamente grave” e merece investigação adequada da Justiça, e as instâncias políticas também têm que dar as respostas adequadas.
Blog do Carlos Magno com Folha de São Paulo

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