quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Conclusão da Primeira Etapa dos estudos deixa dúvidas sobre existência de Petróleo no Sertão da Paraíba

Após a conclusão da etapa dos estudos à procura de petróleo no Alto Sertão paraibano realizado na Cidade de Campina Grande, iniciado na segunda quinzena de fevereiro do ano de 2009, sob a coordenação da Petrobrás, a Empresa Geo Kinetics, uma das empresas que vieram estudar a região, deixou o Alto Sertão em um clima de incertezas.

De acordo com uma matéria publicada no Jornal Correio da Paraíba do último dia 11 de janeiro deste ano, as experiências realizadas em 15 comunidades da Região da Bacia do Rio do Peixe, mais precisamente nos municípios de Santa Helena, São João do Rio do Peixe e Triunfo, deixa grandes duvidas sobre a existência do “Ouro Negro”. Somente em Santa Helena, cerca de 400 trabalhadores, fizeram analise de mais de 6 mil áreas do solo, todas perfuradas, numa área de quase 200 Km2 e não ficaram satisfeitos com os resultados. Diante dessas incertezas, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) os pesquisadores da empresa que realizavam os estudos no solo paraibano se dirigiram para Mossoró, no Rio Grande do Norte.
A gerente de um Posto de Gasolina que foi utilizado como escritório e laboratório da Geo kinetics, em São João do Rio do Peixe, Mary Cely, informou que a única informação que tem da empresa é o endereço para onde remete as notas fiscais do posto. Segundo Ela, a referida Empresa, foi embora sem dizer se retornaria ou não aos estudos, porem, deixaram claro que se retornassem, iriam direto para a cidade de Santa Helena, onde encontraram mais indícios da suposta existência do petróleo, porem, não deram nenhuma certeza.

Segundo um assessor da Petrobras no Rio Grande do Norte e Ceará, Daniel Dantas, os pesquisadores estão finalizando a etapa de processamento de dados sísmicos adquiridos na área. “A etapa posterior envolve a interpretação dos dados sísmicos processados, com o objetivo de investigar se existem condições de ocorrer possíveis acumulações de hidrocarbonetos, ou seja, de petróleo, e esta etapa terá uma duração aproximada de seis meses”, informou.
Daniel Dantas disse que no momento não existe previsão de retorno das equipes sísmicas na área de atuação da Petrobrás. “A etapa de aquisição sísmica já foi cumprida”, enfatizou, afirmando ainda que novas equipes poderão retornar à Paraíba para dar continuidade à pesquisa.

Já para um Professor do Curso de Engenharia de Petróleo da UFCG, Teófilo Moura Maciel, há existência de petróleo na região é assegurada. O Problema segundo “Ele” é saber ainda qual a reserva de petróleo existente e a qualidade do mesmo; se é uma quantidade satisfatória para a exploração e para a necessidade de uma grande empresa, explicou. O Pior de tudo é que a resposta para essas perguntas só estará disponível em aproximadamente dois anos.



Mário Gibson com dados do Diário do Sertão e Jornal Correio

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