segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Inaldo diz que insistência de Cícero poderá lhe trazer prejuízos para 2014

Num restaurante em Brasília, jantavam os ex-deputados Inaldo Leitão (foto) e Enivaldo Ribeiro, além do deputado Aguinaldo Ribeiro. Conversavam sobre política na Paraíba. E, entre outros cenários, chegaram a um ponto em comum: os três já não sinalizam voto em Cícero Lucena nas eleições de 2014.

Isso mesmo. Até o próprio Inaldo Leitão, que nutre amizade pessoal com o senador tucano, começa a confidenciar que não pensa mais em votar em Cícero. O motivo é o mesmo de Enivaldo e Aguinaldo: ao dificultar a tese da aliança em torno de Ricardo Coutinho, Cícero põe em risco os projetos as candidaturas proporcionais de antigos aliados.

E, por tabela, inspira desgosto. Assim, corre o risco de estender o isolamento sugerido para 2010 para eleições futuras. Ou seja, mais do que 2010, Cícero pode começar a construir muros para as eleições de 2012 e 2014, afastando de si a simpatia da base com insistência pessoal de candidatar-se ao governo.

Se o senador foi ou não foi traído ou submetido a um processo de fritura interna isso é outra coisa. O que se está discutindo hoje são os efeitos políticos da manutenção do projeto do senador. Não as causas para que as coisas chegassem onde chegaram.

O fato é que Cícero cria um abismo que vai de Zenóbio a Rômulo, de Ludgério a Efraim. Todos eleitores de Cícero em 2006 e, hoje, ameaçados em seus projetos em razão da dificuldade de fechamento do bloco PSDB/DEM/PP/PTB com o PSB do prefeito Ricardo Coutinho.

Essa conta pode até não ser paga agora. Mas futuro, ou em qualquer dia desses, ela terá que ser quitada.

Nessa hora, Cícero poderá encontrar tantos ou mais “nãos” quanto os que colhe hoje.


Paraiba Hoje

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