PARA PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA LIMA, GADELHA ERA UM BOM AMIGO E UM EXCELENTE HOMEM
Há coisa de pouco meses, Paulo Gadelha despedia-se do TRF5, levado pela aposentadoria compulsória, posto que completara 70 anos de idade. Naquela oportunidade tive ensejo de muito dizer de Gadelha, destacando, inclusive, sua principal característica: ser um homem bom. Dos vários depoimentos que seus colegas publicaram na oportunidade de sua inatividade, todos destacaram seu amor à palavra e sua facilidade de fazer e de cultivar amizades. Sim, Paulo Gadelha era um bom amigo e um excelente homem.
Digo era, porque a vida o deixou na tardinha de ontem. Ou por outra, ele deixou a vida e foi-se em busca de outras plagas, se é que outras existem. Paulo não saberia mesmo viver sem conviver com seus amigos do Tribunal, sem sua judicatura fértil e sensível, sem o pleno uso do ambiente em que medravam seus ditos, suas frases inspiradíssimas, suas estórias do interior e da melhor política que se faz por este Brasil afora. Não combinava com os prazeres do ócio, mesmo aquele ócio merecido e digno de que se fizera credor. Fica o exemplo, fica a saudade, fica a vontade imensa de revê-lo em alguma tarde vadia, para sentar e conversar bobagens, por entre doses de seu johnnie de capa preta. Adeus, ou até logo, meu amigo Gadelha.
Autor: Paulo Roberto de Oliveira Lima, presidente do TRF5
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