
O dirigente nacional do partido já dá como certa a substituição de Negromonte pelo líder da bancada da Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB). Diante da reabertura oficial dos trabalhos do Congresso também nesta quinta-feira, os deputados já estão marcando a eleição do novo líder para próxima terça-feira. Por enquanto, o único candidato ao posto é o deputado Arthur Lira (AL), filho do senador Benedito de Lira (PP-AL).
Ainda segundo o dirigente do PP, tudo está sendo feito dentro do "script" combinado com o próprio Planalto. Aguinaldo Ribeiro responde a processo na Justiça Federal por improbidade administrativa, mas um dos interlocutores do seu partido junto ao governo diz que tudo já foi avaliado pelo Planalto. Ele aposta que não haverá impedimento.
O processo vem dos tempos em que o líder foi secretário de Agricultura da Paraíba, entre 1998 e 2002, quando Aguinaldo foi acusado de improbidade administrativa por ter comprado remédios e equipamentos médicos para combate à febre aftosa sem licitação.
Os apoiadores do líder na bancada argumentam que a própria Justiça já se manifestou favorável ao deputado no processo que analisou as compras emergenciais. Lembram que o deputado foi absolvido no pleno do Tribunal Regional Federal da 5ª região, que é insuspeito até porque fica em Pernambuco, e não na Paraíba.
O Jornal Folha de São Paulo edição desta quinta-feira (02), destaca que o potencial ministro das Cidades, o líder do PP na Câmara, Aguinaldo Veloso Borges Ribeiro (PB), traz o nome de um usineiro acusado de mandar matar líderes camponeses na PB, e que a reportagem de Catia Seabra está disponível para assinantes do jornal e do UOL.
Num dos trechos a matéria da Folha diz que "Avô de Ribeiro, o ex-deputado Aguinaldo Veloso Borges é apontado em dois livros lançados pelo governo federal como mandante do assassinato de João Pedro Teixeira, fundador da Liga Camponesa de Sapé (PB), em 1962".
Depois de três meses de desgaste por conta de denúncias de irregularidades em sua Pasta, ficou acertado que, finalmente, Negromonte tomaria a iniciativa de entregar formalmente o cargo, facilitando a conversa com a presidente Dilma. Ele retorna ao Congresso depois de ser derrotado na disputa pela liderança e, como hoje é minoria na bancada, não exercerá nenhum cargo relevante. Nem mesmo a presidência da Comissão Técnica permanente que couber ao PP na partilha dos postos de poder da Câmara. Segundo um correligionário, Negromonte sai da Esplanada dos Ministérios para a planície.
Agência Estado
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