
Todos os cristãos de Sousa, da Paraíba, do Nordeste ou mesmo os que não são da região, percebem a majestade que a igreja ou templo de Nossa Senhora dos Remédios representa ao longo de sua história. O símbolo maior sempre foi imposto pelas torres concluídas pelo Padre Zacarias Rolim de Moura, com a “Campanha Dos Dez Tostões” (segundo o Padre João Cartaxo Rolim) que daí em diante passou a chamar a atenção de todos, até de jovens como meu pai Paulo Cartaxo Gadelha (Paulo de João), que acompanhado de outros, chegaram a subir ao topo da igreja, junto às torres, para provar que eram capazes de tal desafio.
A calçada da igreja era ponto de encontro para os que por lá cresciam. Assim, também cresceu a cidade cultivando a fé simbolizada pela sublimidade da igreja que com suas torres, principalmente a do lado norte, com o grande relógio que marcava a hora ao trabalho de alguns, e com o imenso sino que convidava todos às missas.
No entanto, não resistente aos fenômenos da natureza, a referida torre veio a ruir na madrugada de 29 de abril de 2007. Já a torre sul, caiu na noite de 24 de abril de 2011, há quase quatro anos após a queda da primeira torre. Mas, a população com sua inabalável fé cristã, consegue conduzir e manter seus costumes e tradições sem cartão postal, marca da religiosidade sertaneja. Cada um que por lá passa, faz a sua reverência como se visse as duas pilastras ali. Sousa, sem dúvida, sente falta de parte de sua história, porque a imponência das torres continua.
Como se sabe, com o abalo catastrófico, acredita-se que, por não atingir nenhuma pessoa no momento da queda das torres, rendem-se graças à Nossa Senhora dos remédios que sempre esteve e estará conosco a qualquer tempo. O momento histórico sousense hoje não é de apenas tristeza, mas também é de agradecer a Deus por nada ter acontecido com os fiéis.
Na tradicional festa da padroeira Nossa Senhora dos remédios, que reúne milhares de pessoas, do dia 29 de agosto ao dia 8 de setembro, se presencia toda uma irmandade orando para que em dias vindouros visualizemos as torres reconstruídas. Sem dúvida, a marca maior da fé sousense merece enfoque como tal, mesmo diante do acontecido, pois na mente da população a imponência das torres continua estimulando a fé e as tradições religiosas.
Fco. Jefferson de S. Gadelha...
Nenhum comentário:
Postar um comentário