
"Vamos conversar com o presidente do partido, com o nosso líder, José Maranhão, para podermos tomar uma decisão em conjunto. Não queremos punir sem antes conversar", afirmou Gadelha. Ele disse que não vai admitir o apoio a um "governo que tem muita falha". Para Gadelha, o PMDB deve criar uma linha única de pensamento político e, a partir daí, cada parlamentar seguir o que for definido dentro da legenda.
Gadelha disse que para a reunião serão convocados todos os deputados eleitos pelo partido, que deverão ter um encontro com o presidente do diretório estadual, Antônio de Souza. "Nós não podemos aceitar essa debandada que está acontecendo, essas adesões, essa tomada de decisões individuais de deputados em direção ao governo do estado" enfatizou.
Segundo ele, o partido tem que saber quais foram os critérios e porque os deputados dissidentes tomaram essa decisão sem comunicar, "faltando até com o respeito com a nossa ideologia partidária e faltando com respeito diante de nossas posições aqui na Assembleia em relação ao governo do estado".
Para ele, quem erra tem que ser punido. "Eu penso desta forma. Se eu errar, tenho que ser punido. Se existe regra, se existe um estatuto, então terão que ser tomadas as decisões como devem ser". Uma posição já anunciada pela direção do partido, mas que, segundo Antônio Souza, só seria tomada após entendimento com o líder do partido na Assembleia, Gervásio Maia - outro cotado para aderir ao governo.
Gadelha ressaltou, no entanto, que nada melhor que um consenso. "Chamar os deputados, conversar, agora a partir do momento que não existe mais o diálogo, nós temos que partir para as regras do jogo, para as regras do estatuto. Sou a favor de conversar e diante disso tomar a decisão em relação aos dissidentes".
O deputado reconheceu que o partido está precisando de um líder estadual, para que tome o feito à ordem. "Hoje não temos a quem recorrer. Fomos eleitos pela oposição e tenho certeza que 90% dos votos dos peemedebistas foi em razão do caráter oposicionista do partido".
Gadelha também defende uma mudança na direção estadual do PMDB, uma renovação. "Até para dar uma oxigenada". Citou, além do seu próprio nome, os de José Maranhão, Roberto Paulino, Gervásio Maia e Trócolli Júnior para assumir os destinos da legenda, em substituição a Antônio de Sousa.
A reunião da bancada do PMDB ainda não tem data prevista para acontecer, já que o deputado Gervásio Maia não compareceu à sessão de ontem na Assembleia Legislativa. "Esperamos que essa reunião aconteça breve e que nós possamos tomar a decisão melhor para o andamento do nosso partido, até para nos fortalecer para as eleições de 2012", finalizou.
Linaldo Guedes
Jornal o Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário