
O governador José Maranhão (PMDB) revelou na tarde desta sexta-feira (20) que vai anular os atos que concorreram para desfigurar o projeto das Varzeas de Sousa. Ele se referiu à doação dos lotes para empresas e famílias de situação econômica abastada, por decisão do Governo passado.
A revelação foi feita pelo próprio governador ao participar do programa Correio Debate, da rádio 98FM (Rede Correio Sat). Ele disse que não vai administrar olhando para trás, com as atenções voltadas para os erros do governo passado e que esta decisão não se configura numa retaliação, mas um ato de justiça e a correção de um erro que inviabiliza um grande projeto.
Nesse ponto da entrevista o governador Maranhão esboçou uma certa irritação com o fato de 1,7 mil hectares dos lotes do projeto Várzeas de Sousa terem sido destinados a uma empresa. "Vou anular esses atos. Isso eu não aceito", afirmou, ainda irritado com o que constatou no estágio atual do projeto.
Ele lembrou que o projeto, iniciado no seu Governo, ficou praticamente pronto, mas o seu sucessor, Cássio Cunha Lima, não o concluiu. A Assessoria Jurídica do Governo do Estado está encerregada de analisar a situação, estudar o assunto e buscar uma forma de, dentro dos limites da lei, anular os atos.
Biodiesel - O governador José Maranhão disse que o presidente Luis Inácio Lula da Silva determinou à área técnica do Governo Federal um estudo de viabilidade de uma usina de biodisel na Paraíba.
Na audiência com o presidente, ontem, o governador paraibano percebeu que Lula reagiu com notória satisfação com a proposta do Governo da Paraíba de uma parceria para implantação da usina porque, segundo ele, "o programa do Biodiesel é a menina dos olhos de Lula".
Pagamento - Na entrevista que concedeu ao Correio Debate, o governador José Maranhão também garantiu que o pagamento dos funcionários públicos não sofrerá atraso. Mesmo que, segundo ele, o Governo tenha que adiar algumas despesas, "porque salário não pode ser adiado".
Grupo unido - Maranhão disse ter a mais absoluta certeza de que os partidos PSB, PT e PMDB se manterão unidos para as próximas eleições.
A propósito, o governador comentou: "Não acho que vamos nos desunir sobretudo agora para destruiu um projeto que já tem dez anos. Pricipalmente na hora em que a Paraíba precisa da força de todos. Mas tem que haver sacrifícios das vaidades pessoais e acabas com as intrigas que existem nos bastidores".
Portal Correio
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