segunda-feira, 14 de maio de 2012

Inaldo é fisgado nas águas turvas de Cachoeira, mas nega relação

O ex-deputado federal Inaldo Leitão foi o primeiro paraibano fisgado pela imprensa nacional que cobre as relações do bicheiro e empresário Carlinhos Cachoeira, alvo de uma CPMI no Congresso, com políticos brasileiros.


De acordo com o Correio Braziliense, o nome de Inaldo aparece em uma das intercetações telefônicas feitas pela Polícia Federal. Na ocasião, Cachoeira tenta emplacar Inaldo Leitão no Denatran, cargo que de fato o paraibano chegou a cogitar.


Na matéria, Leitão se defende. Nega relação com Cachoeira e diz que não aceitou o Denatran porque não quis. Informações de bastidores, divulgadas à época, apontam que o nome de Inaldo foi vetada em razão de dívidas junto à Receita Federa, algo que foi regularizado, mas não em tempo hábil.


Leia trecho da matéria veiculada nesta segunda, na versão online do Correio Braziliense:


Bicheiro articulou indicação no Denatran, mostram gravações da PF
Intercepções telefônicas da Operação Monte Carlo revelam o interesse do contraventor Carlinhos Cachoeira pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). No ano passado, quando o PP estava em fase de negociações para renovar a presidência do órgão, ligado ao Ministério das Cidades, Cachoeira articulou encontro do então presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Goiás, Edivaldo Cardoso, com o ex-deputado do PP Pedro Canedo. Cachoeira, assim como o correligionário do partido que comanda o ministério, queriam indicar Inaldo Leitão, também ex-parlamentar do PP, para a Presidência do Denatran. "Ele (Pedro Canedo) quer pôr você (Edivaldo) para conversar com o Inaldo Leitão para ser o presidente do Denatran", afirma Cachoeira.


Inaldo Leitão nega a amizade com Canedo, afirma que não conhece o contraventor, e alega que não assumiu o cargo no Denatran, porque não estava interessado. "Eu não conheço nenhum dos dois, não conheço o Pedro Canedo. Eu fui indicado, mas não passou por esse pessoal. Foi o PP nacional. Foi uma questão política (o fato de não ter assumido). Eu não estava interessado nessa questão de cargo, não. Esses bandidos ficam vendendo o que não têm, dizem que são amigos de fulano, de sicrano".




Luís Tôrres

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