
Integrantes de três famílias da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará são alvos de mandados de prisão temporária nesta terça-feira (27) por suspeita de integrarem grupos de extermínio. A motivação seria rixas entre seus integrantes. De acordo com a Polícia Civil, que coordena a Operação Laços de Sangue, pelo menos 15 pessoas foram presas com 18 armas, entre pistolas, escopetas e espingardas supostamente utilizadas nos assassinatos.
A operação conta com a participação de 130 pessoas, entre policiais civis, militares e representantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público da Paraíba.
Foram realizadas prisões em Catolé do Rocha, Brejo dos Santos, Patos e João Pessoa, na Paraíba, além de Caraúbas e Antônio Martins, esta última no Rio Grande do Norte. Conforme os delegados regionais Cristiano Jacques, de Patos, e André Rabelo, de Catolé do Rocha, as três famílias são suspeitas de participação em 64 assassinatos devido a rixas, além de outros 31 em consequência da atuação destas organizações criminosas, totalizando 95 mortes.
"Os três clãs vêm se confrontando e realizando várias execuções. Uma característica marcante dos três grupos é o planejamento de suas ações. Todos os crimes são previamente planejados, com tarefas bem definidas dentro da organização: pessoas que planejam, financiam, recrutam mercenários, levantam os alvos, executam", explicou Cristano Jacques.
Investigações da Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público apontam que as famílias seriam responsáveis por um clima de acirramento há mais de 60 anos, devido a brigas políticas. Os conflitos teriam adquirido mais violência com o passar dos anos, culminando em confusões por motivos banais e assassinatos em represália aos rivais, segundo apurado pelos investigadores.
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