
No Hospital Clementino Fraga, que é referência em doenças infectocontagiosas, o maior problema encontrado, segundo o promotor, foi o fato de que , dos 140 leitos da enfermaria, 32 estavam interditados por causa de problemas no telhado causados pelas recentes chuvas.
“Isso é perfeitamente admissível porque não se trata de um problema isolado. A chuva tem causado transtornos em diversos setores. Além do mais, constatamos que as enfermarias já estão sendo recuperadas”, disse.
A diretora-geral do hospital, Adriana Teixeira, informou que a unidade dispõe de 156 leitos, sendo 140 para enfermaria, seis para UTI, dois para pronto-atendimento e oito para hospital dia. A equipe constatou que todas as enfermarias possuem antecâmara de descontaminação, e havia dispensadores de álcool-gel, apesar de alguns necessitarem de manutenção. Não foi detectado nenhum caso de KPC. A diretora informou ainda que existe um projeto para a construção de um bloco cirúrgico com duas salas.
“Era visível a necessidade de reparos e manutenção na estrutura do hospital no que diz respeito ao piso. Foi-nos informado pela diretora que já foi feita a licitação para a realização desse serviço”, disse o promotor.
O Conselho Regional de Enfermagem apontou a insuficiência de profissionais, a falta da Certidão de Responsabilidade Técnica (CRT) e de uma Comissão de Ética de Enfermagem. Já o Conselho de Fisioterapia não encontrou irregularidades.
O promotor disse ainda que o funcionário Armando Pereira informou que ele e outros servidores estão recebendo o adicional de insalubridade menor que o percentual determinado pela legislação.
Unidades de saúde
Em relação as unidades de saúde do Róger, que funcionam no mesmo prédio, o promotor informou que foram constatados diversos problemas estruturais, como infiltrações nas paredes e tetos e bastante mofo.
O Crea e o Corpo de Bombeiros apontaram como principais irregularidades falta de acessibilidade no prédio, como ausência de complemento da rampa de entrada, necessidade de aquisição de mais dois extintores, fiação dos compressores sem isolamento, cozinha sem ventilação, lance de escada sem corrimão e dois extintores localizados no chão e sem placa de sinalização.
Outro problema detectado é a existência de somente um autoclave para esterilização, ocasionando possibilidade de infecção cruzada. Além disso, o autoclave apresentava vazamento.
A equipe constatou que havia as vacinas Tetra, Tríplice Viral, Antitetânica, DTP, Rotavírus, Influenza, Meningite C e BCG. Já na farmácia, faltavam medicamentos como Amoxicilina (antibiótico) em comprimidos e Dipirona.
João Geraldo destacou que a apoiadora Ina Miranda disse que o principal problema das unidades é de ordem estrutural. “Isso realmente foi constatado pela inspeção, já que em relação a pessoal, ao contrário de outras unidades, comprovamos a presença de enfermeiras, técnicos de enfermagem, odontólogos e um édico, já que a outra médica encontra-se de férias”, disse.
MPPB
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